Bruna Alexandre, do tênis de mesa, dá um lindo exemplo de fairplay na paralimpíada

Brasileira erra por querer para não deixar adversários com zero pontos

Bruna Alexandre estreou com vitória em dupla mista.Créditos: Sílvio Ávila/CPB
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Bruna Alexandre entrou na história do esporte brasileiro ao ser a primeira atleta a participar de uma Olimpíada e de uma paralimpíada. Com poucos meses de vida, ela precisou amputar o braço direito e mesmo assim, fez carreira no tênis de mesa. É a terceira no ranking brasileiro, o que lhe permitiu disputar a Olimpíada.

Na Paralimpíada, estreou formando dupla com Paulo Salmin, contra os suecos Johnas Hansson e Anja Hande. 

O domínio foi total dos brasileiros. Eles chegaram a fazer 10/0 no primeiro set. E o saque era de Bruna, que poderia fechar com 11/0, o que, com certeza, lhe renderia uma repercussão muito grande.

Ela abriu mão de tudo e evitou a humilhação. Combinou rapidamente com o parceiro e com o treinador e errou o saque. Depois, o Brasil ganhou por 11/1,  11/4 e 11/8.

"Muitos atletas dão 11 a 0. Se quiser pode dar em mim 11 a 0, mas eu nunca gostei de vencer assim. Eu acho que não precisa tudo isso, né? Acho que o atleta está ali e está se esforçando. Eu não consigo. Falei pro Paulo Salmin e até mostrei o dedinho pro técnico. Falei: 'vou errar o saque'', disse ao site Olimpíada Todo Dia.

Não é a primeira vez que Bruna age assim: 

"Tem gente que faz igual, mas tem gente que mete 11 a 0 mesmo e soca. Eu sempre faço isso. Tenho 22 anos de carreira e sempre erro o saque quando está 10 a 0", afirmou.

 

 

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