A Polícia Civil de São Paulo concluiu que a universitária Ana Paula Veloso Fernandes, de 35 anos, matou quatro pessoas em um intervalo de cinco meses, utilizando veneno nas vítimas. As mortes ocorreram entre São Paulo e Rio de Janeiro, e foram cometidas, segundo as investigações, com o apoio da irmã gêmea, Roberta Cristina Veloso Fernandes, e de uma comparsa, Michelle Paiva da Silva, filha de uma das vítimas.
Ana Paula, estudante de Direito, foi presa em julho deste ano. Roberta foi detida em agosto, e Michelle, no início de outubro. Todas estão presas e respondem por homicídio qualificado.
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As vítimas
De acordo com a investigação, a universitária e suas cúmplices teriam envenenado:
- Marcelo Hari Fonseca, proprietário do imóvel que Ana Paula alugava, morto em Guarulhos (SP);
- Maria Aparecida Rodrigues, amiga que conheceu em um aplicativo de relacionamentos, também morta em Guarulhos;
- Neil Corrêa da Silva, de 65 anos, pai de uma ex-colega de faculdade da suspeita, morto em Duque de Caxias (RJ);
- Hayder Mhazres, namorado tunisiano da estudante, morto em São Paulo.
Segundo o Ministério Público, o grupo tinha como motivação apropriar-se dos bens e do dinheiro das vítimas. Michelle teria pago R$ 4 mil às irmãs para que matassem o próprio pai.
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O modo de agir
As vítimas apresentaram edemas pulmonares e sinais típicos de intoxicação, o que levou os peritos a suspeitar de envenenamento por “chumbinho”, produto químico usado como raticida.
A Polícia Técnico-Científica exumou três dos quatro corpos para confirmar o tipo de substância usada. O resultado dos laudos ainda é aguardado.
Os investigadores apontam que Ana Paula usava veneno misturado em alimentos ou bebidas para eliminar as vítimas. Após as mortes, ela tentava se apropriar de bens e valores das pessoas.
Prisões e acusações
Ana Paula está presa preventivamente em um presídio da capital paulista. Roberta e Michelle permanecem presas temporariamente em unidades de Guarulhos.
O Ministério Público denunciou Ana Paula pelos quatro homicídios. A Promotoria deve incluir Roberta como coautora dos crimes nas próximas semanas. Michelle poderá responder pela morte do próprio pai.
A Polícia Civil ainda apura se há outras possíveis vítimas da universitária, considerada uma serial killer pelos investigadores.