INDEPENDÊNCIA

Boulos promete barrar anistia e manda recado a Tarcísio: “Vem quente que a gente tá fervendo”

Deputado do PSOL discursou em ato de 7 de Setembro convocado por movimentos sociais em São Paulo

Guilherme Boulos.Créditos: Reprodução/Redes Sociais
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O ato “Povo Independente é Povo Soberano”, realizado neste domingo (7) na Praça da República, em São Paulo, reuniu movimentos sociais, centrais sindicais e partidos políticos no Dia da Independência. A manifestação defendeu soberania nacional, punição aos envolvidos no golpe de 8 de janeiro e críticas às tarifas impostas pelo governo de Donald Trump ao Brasil.

Entre as lideranças presentes, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) fez um dos discursos mais duros contra os bolsonaristas. “Pela primeira vez na história do país, os golpistas estão no banco dos réus para pagar pelos seus crimes. Essa semana vai ser boa de ver. A gente começa o domingo com luta e vai terminar na sexta com festa e churrasco com a prisão do Bolsonaro”, afirmou.

Boulos reforçou que não haverá espaço para anistia aos responsáveis pelos ataques à democracia. “Podem chorar à vontade. Não adianta o Malafaia fazer escândalo, não adianta bolsonarista tentar motim no Congresso. Não vai ter anistia para golpista nesse país, porque não vamos deixar”, disse, arrancando aplausos dos manifestantes que lotavam a praça.

Recado para Tarcísio

O parlamentar também mirou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), possível presidenciável da direita. “Quero deixar um recado para o Tarcísio, que anda mais para governador da Flórida do que de São Paulo. Tá botando as asinhas de fora, dizendo que quer ser candidato a presidente. Vem quente que a gente tá fervendo. Nós vamos estar nas ruas, e golpistas vão para a cadeia”, disparou.

As manifestações deste domingo, organizadas pela esquerda, ocorreram a cerca de três quilômetros da Avenida Paulista, onde mais tarde está marcado o ato da direita chamado “Reaja Brasil”, convocado por Silas Malafaia.

O protesto na República se somou ao tradicional Grito dos Excluídos, realizado pela manhã na Praça da Sé, que reuniu movimentos populares desde as primeiras horas do dia. Juntas, as mobilizações reforçaram o tom de enfrentamento contra a anistia e em defesa da democracia.

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