PREMIAÇÃO

Seis filmes brasileiros disputam uma vaga no Oscar; saiba quais são

A Academia Brasileira de Cinema revelou quais são as produções finalistas que concorrem a uma vaga na premiação mais importante do cinema

Seis filmes brasileiros disputam uma vaga no Oscar; saiba quais são.Créditos: Divulgação / Oscars
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A Academia Brasileira de Cinema divulgou nesta segunda-feira (16) a lista com os seis filmes brasileiros que vão concorrer a uma vaga para representar o Brasil na categoria de Melhor Filme Internacional no Oscar 2025.

Os seis filmes foram pré-selecionados de uma lista com 12. A obra escolhida para representar o Brasil no Oscar 2025 será anunciada na próxima segunda-feira (23).

Confira abaixo a lista dos filmes que concorrem a uma vaga no Oscar 2025:

  • "Ainda Estou Aqui", de Walter Salles
  • "Cidade; Campo", de Juliana Rojas
  • "Levante", de Lillah Halla
  • "Motel Destino", de Karim Ainouz
  • "Saudade Fez Morada Aqui Dentro", de Haroldo Borges
  • "Sem Coração", de Nara Normande e Tião

"Ainda Estou Aqui", de Walter Salles, é considerado o favorito, visto que o longa conquistou o prêmio de Melhor Roteiro no Festival de Veneza e foi ovacionado no Festival de Toronto, o que gerou uma série de elogios da imprensa internacional.
 

Principal revista de cinema do mundo afirma que "Ainda Estou Aqui" pode ganhar um Oscar
 

O novo filme de Walter Salles, "Ainda Estou Aqui", que traz no elenco Fernanda Torres (Eunice Paiva) e Selton Mello (Rubens Paiva), foi ovacionado no Festival de Toronto e aplaudido de pé, algo que, diferente do Festival de Veneza, não é comum.

Com isso, o novo longa-metragem de Walter Salles, que narra a história de Eunice Paiva, que sai em busca de seu marido, Rubens Paiva, preso e assassinado pela ditadura, caiu nas graças da imprensa e ganhou um apostador de peso: a revista The Hollywood Reporter, uma das publicações mais influentes e importantes do mundo sobre cinema e cultura pop.

Em texto assinado por Scott Feinberg, especialista em premiações, ele afirma: "'Ainda Estou Aqui' pode levar o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro."

"Com a possível exceção do longa de animação The Wild Robot, nenhum filme que teve sua estreia mundial ou norte-americana no Festival Internacional de Cinema de Toronto de 2024 foi mais calorosamente recebido do que I'm Still Here, o retrato profundamente comovente de Walter Salles da experiência de uma família sob a ditadura militar que governou o Brasil de 1964 a 1985", diz o início do texto publicado no Hollywood Reporter.

O jornalista também destaca o fato de o filme de Walter Salles ter sido aplaudido de pé. "Depois de ser revelado na semana passada no Festival de Cinema de Veneza, onde o júri lhe concedeu o prêmio de melhor roteiro, o filme estreou em Toronto no TIFF Lightbox na tarde de segunda-feira, onde — na presença de Salles e das estrelas Fernanda Torres e Selton Mello — foi recebido com uma entusiástica ovação de pé de um minuto. (Ao contrário de Cannes e Veneza, Toronto não é um festival onde aplausos de pé de qualquer duração são garantidos)", afirma.

O trabalho de Walter Salles é classificado como "poderoso" pelo jornalista. "'Ainda Estou Aqui' foi adaptado do livro Ainda Estou Aqui, de Marcelo Rubens Paiva, de 2015, por Murilo Hauser e Heitor Lorega, e centra-se na família Paiva, com quem o próprio Salles cresceu. Torres, em uma reviravolta contida, mas poderosa, interpreta a matriarca de um clã com cinco filhos, antes e depois de seu patriarca gregário, o ex-deputado do Partido Trabalhista Rubens Paiva, desaparecer repentinamente."

Em outro momento, a publicação afirma que "Ainda Estou Aqui" pode ser indicado ao Oscar. "I'm Still Here faz um trabalho comparativamente poderoso ao abordar sua história e, com o apoio entusiástico da distribuidora norte-americana Sony Classics, tem uma chance muito forte de conseguir uma indicação ao Oscar de Melhor Filme Internacional (ao lado de outra favorita dos fãs do TIFF '24, a provável entrada da França, Emilia Pérez)."

Ao término do texto, a publicação afirma que "Ainda Estou Aqui" também pode ser indicado para o Oscar de Melhor Atriz (Fernanda Torres) e Melhor Roteiro (prêmio que levou em Veneza). "Torres, que é filha de Montenegro, certamente poderia seguir seus passos. (Montenegro, agora com 94 anos, interpreta a versão mais velha de Torres em uma participação especial em I'm Still Here.) E o roteiro de Hauser e Lorega também não deve ser descartado da disputa de Melhor Roteiro Adaptado", conclui o texto.

 

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