O maior evento esportivo do mundo, com raízes na Grécia Antiga, reúne atletas de todas as partes para uma disputa épica a cada quatro anos. Sua tradição, que ultrapassa a do futebol, faz dos Jogos Olímpicos um marco na história do esporte e um evento aguardado por bilhões de pessoas. Nascidos em Olímpia por volta de 776 a.C., os Jogos Olímpicos da Antiguidade eram mais que competições esportivas: eram rituais em homenagem aos deuses gregos.
Após serem extintos em 393 d.C., a tradição olímpica renasceu mais de mil e quinhentos anos depois, em um formato que, embora adaptado, mantém vivo o espírito daqueles primeiros Jogos. A história dos Jogos Olímpicos é marcada por diversas transformações. Não apenas o formato mudou ao longo dos séculos, mas também o leque de modalidades esportivas.
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Muitas que já fizeram parte do programa olímpico foram retiradas. A seguir, a Fórum explora cinco exemplos de modalidades que já fizeram parte das Olímpiadas.
Natação com obstáculos
Durante os Jogos Olímpicos de Paris no ano 1900, os nadadores tiveram a oportunidade de participar de uma prova verdadeiramente única: a natação com obstáculos. Nesse jogo, os atletas precisavam completar um percurso de 200 metros no Rio Sena, enfrentando um desafio a mais: três obstáculos distribuídos ao longo do trajeto.
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A prova exigia não apenas habilidade na natação, mas também agilidade e destreza para superar os obstáculos e alcançar a linha de chegada. O evento iniciava com três chaves de semifinal. Para avançar à final, os dois melhores de cada chave se classificavam diretamente, enquanto os três melhores tempos restantes, considerando todos os grupos, também garantiam vaga na final.
Corrida de bigas
A corrida de bigas era um dos eventos prestigiados dos Jogos Olímpicos da Antiguidade e envolvia charretes puxadas por dois ou quatro cavalos, exigindo dos participantes não apenas força física, mas também grande habilidade e estratégia. Elas eram disputadas em hipódromos, arenas especialmente construídas para esse tipo de evento.
As pistas eram ovaladas e podiam ser bastante extensas. A prova consistia em completar 12 voltas completas, o que representava um grande desafio tanto para os charreteiros quanto para os animais. A origem exata das corridas de bigas é incerta, mas evidências artísticas sugerem que já existiam no mundo micênico. A primeira menção escrita a essas competições é encontrada na obra de Homero, que descreve uma corrida durante os jogos fúnebres de Pátroclo.
Mergulho a distância
Os Jogos Olímpicos de 1904, realizados em Saint Louis, nos Estados Unidos, foram palco de uma série de competições inusitadas. Uma delas, em particular, chamou a atenção pela sua singularidade: o mergulho a distância. Nessa modalidade, os atletas precisavam mergulhar na piscina e impulsionar-se o mais longe possível, mantendo o corpo imóvel e submerso. A prova tinha um tempo limite de 60 segundos ou até que o nadador viesse à tona para respirar. Vencia aquele que percorresse a maior distância nesses parâmetros.
Cabo de guerra
Entre os anos de 1900 e 1920, uma modalidade peculiar e bastante física dominava a cena: o cabo de guerra. A primeira aparição do cabo de guerra nos Jogos Olímpicos ocorreu em Paris, no ano de 1900. A modalidade, que exigia força, coordenação e trabalho em equipe, logo se tornou popular entre os atletas e o público. A última vez que o cabo de guerra foi disputado nos Jogos Olímpicos foi em 1920, na cidade de Antuérpia, na Bélgica. Após três edições, a modalidade acabou sendo retirada do programa olímpico.
Balão de ar quente
Durante a Grande Exposição Universal de Paris, que ocorreu paralelamente aos Jogos Olímpicos no século 20, foi realizada uma competição de balões de ar quente nos arredores da cidade, em Vincennes. Os competidores disputaram um prêmio em dinheiro e eram os primeiros campeões olímpicos de um esporte aéreo. Mas por segurança, a modalidade foi eliminada.
O balão de ar quente hoje é usado como simbologia nos Jogos Olímpicos e demonstração. Nessas, o balão foi erguido para homenagear o marco da aviação, em 1º de dezembro de 1783, estabelecido quando Jacques Charles, que diante de uma multidão de mais de 400 mil pessoas, lançou o primeiro balão de hidrogênio do mundo no Jardim das Tulherias.