POLÍTICA INTERNACIONAL

Milei chama Petro de “assassino terrorista” e colombiano responde com expulsão de diplomatas

A chancelaria não deixou claro quais diplomatas serão expulsos, mas afirmou que a decisão será comunicada ao governo argentino nos devidos canais institucionais

Gustavo Petro e Javier Milei, presidentes da Colômbia e da Argentina.Créditos: Reprodução/Facebook Gustavo Petro e Presidência da Nação Argentina/Reprodução
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O governo da Colômbia, liderado pelo presidente Gustavo Petro, anunciou a expulsão de diplomatas argentinos do país na noite da última quarta-feira (27). A decisão é uma resposta a declarações feitas em janeiro pelo presidente da Argentina, Javier Milei, que o chamou de “assassino terrorista”.

Em nota, a chancelaria colombiana lembra que “esta não foi a primeira vez que o senhor Milei ofende o presidente colombiano” e aponta que a atitude do mandatário impõe tensões nas relações entre os dois países que, ao longo da história, foi demarcada pela “irmandade” entre as nações.

A chancelaria não deixou claro quais diplomatas serão expulsos, mas afirmou que a decisão será comunicada ao governo argentino nos devidos canais institucionais.

“As expressões do presidente argentino deterioraram a confiança da nossa nação, além de ofenderem a dignidade do presidente Petro, que foi eleito democraticamente”, completa a nota.

A declaração que ofendeu os colombianos foi feita em 31 de janeiro na CNN Espanhola. “Não se pode esperar muito de alguém que foi um assassino terrorista”, disse Milei. Em ocasião anterior, o argentino chegou a chamar Petro de “comunista assassino” em pleno canal de televisão colombiano.

Mas após tomar a invertida diplomática, Milei usou o X – antigo Twitter – para se fazer de vítima. “Não há problema em outros líderes me atacarem e é errado eu me defender”, ironizou.

Gustavo Petro é ex-senador e fundador do movimento Colômbia Humana. Foi uma importante figura nas negociações para o Acordo de Paz firmado em 2016 entre o Estado colombiano e as organizações guerrilheiras que atuam no país, entre elas as Farc-Ep (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo). O acordo colocou fim a décadas de brutal conflito interno.