Congresso de "bolsonarianas" é cancelado e grupo de mulheres denunciam estelionato

As mulheres chegaram a se encontrar com Jair Bolsonaro pela manhã de terça-feira (13), na saída do Palácio da Alvorada, e presentearam o presidente com um quadro com a figura de um leão, alusivo ao vídeo em que ele se mostra sendo atacado por "hienas

Bolsonarianas foram vítimas de estelionato por evento que não ocorreu (Montagem)
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Um grupo de 11 mulheres registrou boletim de ocorrência alegando ter sido vítima de estelionato após se dirigirem de vários estados do Brasil para participar do 1º Congresso de Bolsonarianas do Brasil, marcado para os dias 13 e 14 de novembro, que não ocorreu. As mulheres chegaram a se encontrar com Jair Bolsonaro pela manhã de terça-feira (13), na saída do Palácio da Alvorada, e presentearam o presidente com um quadro com a figura de um leão, alusivo ao vídeo em que ele se mostra sendo atacado por "hienas". Mais tarde, na polícia civil, as bolsonarianas disseram que a organização do evento começou logo após a confirmação da vitória de Jair Bolsonaro nas eleições do ano passado e a divulgação prometia a presença da ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves; e da primeira-dama Michelle Bolsonaro. Além delas, a indígena Ysani Kalapalo, também havia confirmado presença pelas redes sociais. Uma das organizadoras foi identificada como Giselle de Sousa Pereira, que chegou a ser nomeada como assessora especial da Casa Civil por breve período, em junho deste ano. Segundo o boletim de ocorrência, a segunda responsável foi identificada como Alícia Moreno. Patrocínio As mulheres disseram à polícia que teriam de pagar apenas R$ 100 para ter direito a hospedagem com café da manhã e translado durante o Congresso. Toda a organização do evento e contato com as participantes teria sido feito por um grupo no aplicativo de mensagens WhatsApp. As mulheres realizaram os depósitos bancários e recebiam documentos com a reserva dos hotéis. Segundo as "bolsonarianas", no entanto, na última segunda-feira (11), o grupo recebeu a informação de que a empresa de turismo contratada para a viagem não tinha recebido o valor do serviço. Uma das vítimas também ligou para o hotel para se informar sobre a hospedagem e foi informada de que a reserva estava confirmada, porém, ainda não havia sido paga e totalizava valor de R$ 1.150,00. A organização do congresso havia reservado o Auditório Planalto, com capacidade para 800 lugares, pelo valor de R$ 23 mil. No entanto, a assessoria do auditório afirma que a reserva foi cancelada "há mais de duas semanas". Veja o vídeo do encontro das "bolsonarianas" com Bolsonaro