JN, da Globo, atribui à promotora bolsonarista responsabilidade sobre perícia do MP no condomínio de Bolsonaro

Telejornal da família Marinho repercutiu afastamento da promotora Carmen Eliza e exibiu fala em que ela inocentava o presidente

Carmen Eliza Bastos de Carvalho - Foto: Reprodução/Instagram
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O Jornal Nacional, da Rede Globo, repercutiu nesta sexta-feira (1) o afastamento da promotora Carmen Eliza Bastos de Carvalho do caso Marielle Franco, após serem divulgadas fotos demonstrando sua relação com o bolsonarismo. O telejornal destacou uma fala de Carmen que afirmava que as questionáveis conclusões do MP que desvinculavam Bolsonaro do caso e desmentiam depoimentos do porteiro do Vivendas da Barra foram "técnicas". Na reportagem, as imagens divulgadas pelo The Intercept Brasie pela Folha de S.Paulo, nas quais ela aparece ao lado do deputado Rodrigo Amorim, que quebrou placa da vereadora Marielle Franco, e fazendo campanha para Jair Bolsonaro, foram divulgadas, assim como uma nota publicada pela promotora. O JN comentou também sobre a tensa reunião realizada na noite de quinta-feira (31), em que Carmen se recusou a sair do caso. Análise técnica O telejornal ainda exibiu uma fala da promotora, afirmando que o Ministério Público concluiu, por meio de uma análise técnica, que a voz da gravação obtida pelo MP era de Élcio Queiroz e não de Jair Bolsonaro, como informou o porteiro do condomínio em dois depoimentos. Essa perícia foi contestada pela Folha e pelo próprio Jornal Nacional, na edição de quinta. "Toda a cadeia foi exaurida. Nada ficou sem fazer diligência, tudo foi esclarecido. Graças a todas as diligências que foram realizadas, nós chegamos à conclusão técnica de que aquela voz que autorizou a entrada de um dos co-réus na ação penal é a voz do outro réu da ação penal", dizia Carmen Eliza, em trecho da coletiva de quarta-feira mostrado pelo JN.