Líder golpista venezuelano, Juan Guaidó comemora golpe na Bolívia

O deputado opositor, que se autoproclamou presidente da Venezuela, classificou como “furacão democrático” o golpe de Estado organizado por setores de extrema-direita e com o apoio das Forças Armadas

Bolsonaro e Juan Guaidó,(Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)
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Após sucessivas tentativas frustradas de dar um golpe de Estado e derrubar o presidente Nicolás Maduro, o líder oposicionista venezuelano Juan Guaidó revelou neste domingo (10) seu alinhamento com o violento golpe de extremistas da direita, que forçaram a renúncia de Evo Morales na Bolívia por meio de ameaças e uso da força. Guaidó, que tem o apoio do governo brasileiro de Jair Bolsonaro, classificou o golpe na Bolívia como "furacão democrático", tentando pegar carona nos atos dos extremistas bolivianos. “Brisa? O que se sente é um furacão democrático na América Latina! Que viva a Bolívia, a filha predileta do libertador”, tuitou, fazendo referência  ao militar e político venezuelano Simón Bolívar, que em 1825  chamou o país de "minha filha predileta", ao liderar o processo de independência do país que, durante a colonização, era conhecido como o vice-reinado do Alto Peru. Em janeiro deste ano, Guaidó se autoproclamou presidente da Venezuela, mas seu “mandato” é reconhecido somente fora do seu país, por entidades como a OEA (Organização dos Estados Americanos) e governantes de extrema-direita, como o estadunidense Donald Trump e o brasileiro Jair Bolsonaro. Em abril deste ano, ele também liderou uma tentativa de motim militar contra Nicolás Maduro, mas que também acabou em fracasso.