Ligado ao clã Bolsonaro, movimento conservador quer "efeito dominó" ao provocar impeachment de Gimar Mendes

"Primeiro sai Gilmar Mendes, depois Dias Toffoli, isso vai resolver uma tonelada de problemas #ImpeachmentGilmarMendes", tuitou Rodrigo Moller, cofundador do grupo que está em Brasília para fazer lobby contra ministros do Supremo

Evento de fundação do Movimento Brasil Conservador com a presença de Flávio Bolsonaro e Allan dos Santos (Reprodução)
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Com ligação estreita com o bolsonarismo - principalmente com os filhos de Jair Bolsonaro -, o Movimento Brasil Conservador definiu uma estratégia nesta semana para iniciar um pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, provocando um "efeito dominó" em toda a corte. "Se o impeachment de apenas um único ministro já é complicado, imaginem tentar derrubá-los todos juntos de uma só vez. Temos que ser cirúrgicos, agir direcionados especificamente a cada um daquela corja, após derrubado o primeiro, ocorrerá o efeito dominó. #ImpeachmentGilmarMendes", tuitou nesta segunda-feira Maurício Costa, coordenador nacional do movimento, que diz ter desembarcado em Brasília para fazer lobby pela derrubada do ministro. "Já estou em Brasília pelo MBC, semana intensa e decisiva, em apoio às PECs 410 na Câmara e 05 no Senado + pressão total dentro do Congresso para o #ImpeachmentGilmarMendes! Finalizaremos com uma mega manifestação em todo o Brasil, com a união de movimentos conservadores. Orem!", publicou. O grupo marcou um ato para o próximo dia 17, domingo, com outros movimentos de apoio a Jair Bolsonaro - como o Nas Ruas, comandado pela deputada Carla Zambelli - para pedir o impeachment de Gilmar Mendes. "Primeiro sai Gilmar Mendes, depois Dias Toffoli, isso vai resolver uma tonelada de problemas #ImpeachmentGilmarMendes", tuitou Rodrigo Moller, cofundador do grupo. Movimento bolsonarista monárquico O Movimento Brasil Conservador foi lançado no dia 1º de Setembro de 2018, durante a campanha eleitoral, para dar apoio a Jair Bolsonaro. Na ocasião, estiveram presentes o hoje senador Flávio Bolsonaro (PSL) e o blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, acusado de comandar a máquina de fake news desde a campanha eleitoral. Dois meses depois, com Bolsonaro já eleito, o MBC realizou seu primeiro congresso com o hoje ex-aliado Lobão e o herdeiro monarquico do Brasil dom Bertrand de Orleans e Bragança, um dos defensores da tese de que não existe aquecimento global. Em seus eventos, o movimento de apoio a Bolsonaro costuma usar a bandeira da monarquia.