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A reforma constituinte proposta por Sebastián Piñera para tentar apaziguar as tensões no Chile continua fazendo água.
Depois da adesão de mais de uma milhão de pessoas à greve geral de terça-feira (12), o governo sofreu um novo golpe nesta quinta (14), devido a que o Partido Comunista e a Frente Ampla não aceitaram participar da mesa de diálogo convocada pelo governo para discutir sobre o processo de reforma constituinte anunciado pelo presidente.
Segundo os parlamentares da Frente Ampla, o diálogo proposto pelo governo de Piñera visava um acordo político para fazer uma reforma afastada da vontade da maioria que se manifesta nas ruas.
Uma das que explicitou essa postura foi a deputada Gael Yoemans, presidenta do partido Convergência Social (o mais à esquerda dentro da Frente Ampla), em uma mensagem com vídeo difundida em sua conta de Twitter, a parlamentar disse que “depois de 30 anos de exclusão da política, chegou o momento de que o povo decida se quer ou não uma nova Constituição, e como quer fazê-la”.
https://twitter.com/GaelDiputada/status/1195008648398954498
Quem falou em nome dos comunistas foi a também deputada Karol Cariola, também em uma mensagem com vídeo por Twitter. “Não queremos impor a Assambleia Constituinte como único mecanismo para mudar a Constituição, o que queremos é que o povo decida. Por que eles têm tanto medo da opinião da cidadania?”, questionou a congressista, em referência aos partidos de direita, e também alfinetando os de centro-esquerda que sim estão participando da mesa de diálogo, como o Partido Socialista e a Democracia Cristã.
https://twitter.com/KarolCariola/status/1195004189522436097
Outros partidos menores que também se somaram à essa postura foram o Partido Progressista e a Frente Regionalista Verde.