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Pouco depois da morte da menina Ágatha Vitória Félix, na madrugada do sábado (21/9), vários policiais militares (de dez a 20) literalmente invadiram o hospital em que ela estava internada com o objetivo de recolher a bala que a matou.
De acordo com informações de Fernando Molica, da revista Veja, a revelação foi feita a policiais civis por integrantes da equipe de médicos e de enfermeiros de plantão.
Apesar da pressão policial, os funcionários do hospital se recusaram a entregar o projétil, que, em seguida, foi encaminhado à Polícia Civil, responsável pelas investigações.
A perícia realizada na bala chegou à conclusão que não é possível comparar o objeto com as armas dos policiais militares que estavam na favela, pois foi encontrado apenas um fragmento deformado do projétil.
A Delegacia de Homicídios procura, agora, convencer integrantes da equipe médica a prestar depoimento sobre a invasão. Profissionais que relataram o fato a policiais civis têm medo de sofrer represálias.
Versões
O relato corrobora a versão divulgada pela mãe de Ágatha e por testemunhas que estavam no local. Todos afirmaram à polícia que o tiro que atingiu a menina foi disparado por um PM, que tentou alvejar um motociclista que passava pelo local.
A versão dos policiais militares envolvidos é de que houve revide a disparos. No entanto, segundo as testemunhas, não havia troca de tiros na Fazendinha, complexo do Alemão, no momento em que a menina foi atingida.
Dos 11 policiais militares que estavam próximos do local onde Ágatha recebeu o tiro, somente dois aceitaram participar da reprodução simulada do crime, na terça-feira (1).