Policiais tentam apreender imagens de fotógrafo da Ponte que cobria ato em Paraisópolis

"Os PMs vieram para cima de mim, queriam pegar as imagens”, disse o jornalista Daniel Arroyo, que cobria um protesto de moradores de Heliópolis contra a ação da PM em baile funk que matou nove jovens

PM aborda jornalista da Ponte em Paraisópolis (Reprodução)
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O fotógrafo Daniel Arroyo, da Ponte Jornalismo, sofreu achaques da Polícia Militar na noite deste domingo (1) enquanto filmava o protesto realizado por moradores de Paraisópolis contra o assassinato dos nove jovens durante ação da PM na madrugada. O fotógrafo acompanhava o trajeto do ato e parou para fazer imagens da abordagem policial a um motociclista. “Comecei a fazer foto do enquadro, que foi tranquilo, nada de mais. Ele [motoqueiro] estava com a bolsa de uma empresa de entregas, mostrava o celular e argumentava que estava fazendo uma entrega. Foi quando parte do ato voltou e uns garotos jogaram uma bombinha na base. Os PMs vieram para cima de mim, queriam pegar as imagens”, disse o jornalista. Os policiais pediram documentos e queriam que o jornalista entregasse as imagens. Eles insistiram ainda para que ele passasse um número de telefone. Presidente do Condepe (Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana), o advogado Dimitri Sales interferiu na ação dos PMs, dizendo que o ato era cerceamento da liberdade de imprensa. Leia a reportagem e veja o vídeo no site da Ponte.