Termômetro da direita na mídia, Estadão amplia críticas a governo Bolsonaro

Desta vez, o jornal destaca em editorial a "passividade" e "ingenuidade" de Bolsonaro em sua relação com o presidente americano Donald Trump

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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O jornal Estado de S.Paulo tem aumentado o tom com relação ao governo de Jair Bolsonaro. Neste domingo (1), o veículo conservador disse que a proclamada “nova política” de Bolsonaro, que angariou milhões de eleitores para que ele chegasse ao poder, não passa de "amadorismo". Em outro texto, a jornalista Vera Magalhães afirmou em artigo que ouviu de um ministro que haverá “demissão coletiva” caso Jair Bolsonaro insista no “caminho do arbítrio”. Nesta terça-feira (3), o editorial do Estadão voltou a atacar o governo de Bolsonaro. Desta vez, o foco das críticas foram as ameaças do "guia espiritual e modelo ideológico", Donald Trump, que mencionou a criação de barreiras à importação de aço e alumínio. A postura de Bolsonaro com relação ao episódio irritou o jornal conservador. "Mais uma vez o presidente brasileiro misturou o relacionamento pessoal – real ou imaginário – com assuntos de governo e projetos políticos. O presidente Donald Trump está obviamente movendo peças num jogo de seu interesse – e, até certo ponto, de interesse de segmentos da produção americana", diz o texto. No final, o texto chama o presidente brasileiro de "passivo" e despreparado. "É difícil dizer se a passividade de Bolsonaro diante de uma evidente agressão reflete seu despreparo em relação a questões de Estado, uma espantosa ingenuidade ou incompreensão do que se passa no cenário internacional. Ou será uma mistura de tudo isso?", finaliza.