MÚSICA NO FANTÁSTICO?

Bolsonaro pode ser denunciado em três inquéritos pela PGR até o fim do ano

Paulo Gonet espera só o final das eleições para oferecer denúncia contra o ex-presidente em dois inquéritos já finalizados pela PF. O terceiro, sobre a tentativa do golpe, será entregue ao PGR em novembro

Jair Bolsonaro.Créditos: Lula Marques/ Agência Brasil
Escrito en POLÍTICA el

Apreensivo e em confronto direto com a "nova direita" - como Carlos Bolsonaro (PL) classifica o movimento de aliados em torno de Tarcísio de Freitas (Republicanos) como a "terceira via" em 2026 -, Jair Bolsonaro (PL) pode ser indiciado em três inquéritos conduzidos pela Polícia Federal (PF) até o fim do ano.

A Procuradoria-Geral da República (PGR), comandada por Paulo Gonet, espera só o final das eleições para oferecer denúncia contra o ex-presidente em dois inquéritos já finalizados pela PF e enviados ao procurador.

O ex-presidente deve responder criminalmente na Justiça pela organização criminosa que contrabandeou joias da Presidência para serem vendidas nos Estados Unidos e pelas fraudes em cartões de vacinação.

Em novembro, a PF entregará a Gonet o relatório do terceiro - e mais esperado - inquérito: sobre a tentativa de golpe de Estado.

Segundo a reportagem de Guilherme Amado, no site Metrópoles no último sábado (19), Bolsonaro e os ex-ministros e generais Walter Braga Netto (Casa Civil) e Augusto Heleno (GSI) serão indiciados pela Polícia Federal (PF) pela tentativa frustrada de golpe após a derrota para Lula nas eleições de 2022.

Além de Bolsonaro e dos dois generais, que ocupavam posições centrais no governo, a PF vai indiciar o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira (que anteriormente era comandante do Exército), e o almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha que colocou as tropas à disposição do ex-presidente para desencadear o golpe.

A divulgação da informação fez Bolsonaro surtar e ligar às 6h50 para o jornalista.

“É mais uma da PF criativa do Alexandre [de Moraes]. Não existe decreto de Estado de sítio. O presidente que quiser decretar Estado de sítio deve enviar uma exposição de motivos pro Congresso, ouvir o Conselho da República e o Conselho da Defesa. Cadê a exposição de motivos? Não tem, porque nunca tomei nenhuma medida concreta sobre isso”, disparou.

Em claro sinal de desespero, o ex-presidente afirmou que ele deve ser condenado no caso para "reforçar a inelegibilidade", que o afastou da disputa das eleições em 2030.

“Querem se garantir com uma condenação”, afirmou, já vendo como certa a sentença sobre o caso.

Bolsonaro ainda fez uma revelação escatológica sobre os estudos que diz ter feito sobre a Constituição após assumir o mandato como presidente, sendo que ficou 27 anos na Câmara Federal e teve outros dois mandatos como vereador no Rio de Janeiro.

“Eu estudei toda a Constituição desde que assumi. A Constituição tem que ser a leitura de cabeceira ou ficar no banheiro. Eu leio no banheiro. Era minha leitura de cabeceira e de banheiro. Sempre falei nas quatro linhas, nunca fiz nada fora”, argumentou, emendando que "os caras estão fazendo uma tempestade dentro de uma garrafa plástica”.
 

Reporte Error
Comunicar erro Encontrou um erro na matéria? Ajude-nos a melhorar