Ao tentar se defender, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), mentiu na tarde desta quarta-feira (11) ao dizer, durante entrevista coletiva com a imprensa no Palácios das Esmeraldas, em Goiânia (GO), que o Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), cometeu o mesmo crime que ele, de abuso de poder político, na campanha de Guilherme Boulos (PSOL) em São Paulo.
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Caiado, o prefeito eleito de Goiânia, Sandro Mabel (União) e a vice-prefeita, Cláudia Lira (Avante), foram condenados a 8 anos de inelegibilidade por abuso de poder político durante o segundo turno das eleições municipais de 2024.
A decisão é uma liminar em primeira instância do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO), emitida pela juíza Maria Umbelina Zorzetti.
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Segundo o Ministério Público Eleitoral, os três convidaram vereadores eleitos de Goiânia e suplentes de vereadores para participarem de jantares políticos no Palácio das Esmeraldas, nos dias 7 e 9 de outubro. Além do local ser público, todas as despesas dos jantares regados a vinhos, cerveja e um cardápio requintado foram pagos com dinheiro público.
Caiado terá que pagar uma multa no valor de R$ 60 mil reais; Sandro Mabel, R$ 40 mil reais; e Cláudia Lira, R$ 5.320,50 reais.
A justiça eleitoral também cassou os registros do prefeito eleito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), e da vice-prefeita eleita, Claudia Lira (Avante).
A prova do crime
Embora se defenda dizendo que estava em sua residência, Caiado foi filmado pela própria assessoria durante o evento ensinando os suplentes de vereadores a irem de casa em casa para convencerem os eleitores a votarem em Sandro Mabel, ou seja, transformou o Palácio do governo em comitê eleitoral, usou a equipe paga com salário do Estado para trabalhar no evento, e bancou as despesas com dinheiro público, aliás, outro crime pois, é proibido oferecer comida ou bebida em eventos eleitorais, ainda mais com dinheiro do contribuinte. Tudo isso foi divulgado nas redes sociais do governador pela equipe de comunicação do governo.