CIRO NOGUEIRA

Ciro Nogueira confronta Eduardo e diz que Tarcísio não será "pau mandado" de Bolsonaro; vídeo

Ciro Nogueira afirmou que conversou com "interlocutores no governo" Trump para desmentir Eduardo Bolsonaro sobre "narrativa falsa" sobre anistia ao ex-presidente na imposição do Tarifaço. "Não foi por conta do Bolsonaro

Eduardo Bolsonaro, Ciro Nogueira e Tarcísio de Freitas.Créditos: Saul Loeb AFP / Rede X
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Um dos principais articuladores da candidatura anti-Lula de Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) nas eleições presidenciais de 2026, o senador Ciro Nogueira (PP-PI), presidente nacional do PP, confrontou a atuação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) no tarifaço contra o Brasil e afirmou que o governador paulista não será "pau mandado" de Jair Bolsonaro (PL) caso seja eleito para o Planalto em 2026.

"Eu não considero que ele vá bater continência. Ele vai ser leal", disse Nogueira ao ser indagado sobre a influência do clã Bolsonaro caso Tarcísio seja eleito à Presidência.

O ex-ministro da Casa Civil ainda comparou Tarcísio com o ex-governador paulista João Doria (ex-PSDB) que, segundo ele, traiu Bolsonaro.

"Ele jamais pode trair o presidente Bolsonaro, senão vai acontecer o que aconteceu com Doria aqui. Tarcísio trair Bolsonaro? Não existe essa possibilidade. Ele só vai ser candidato com o apoio de Bolsonaro", afirmou, ressaltando que "ele sempre vai ser leal, mas jamais vai ser subordinado ou pau mandado do Bolsonaro. Isso aí pode ter toda certeza".

Ciro, que esteve com Bolsonaro na última quinta-feira (9), ainda afirmou que o ex-presidente sinalizou que apoiará Tarcísio e que defendeu que ele faça o anúncio ainda em 2025.

"Eu estive com ele na quinta-feira e ele me garantiu que vai fazer a sua escolha no momento correto. Eu defendo e me manifestei para ele que fizesse isso até o final do ano, que ele fizesse essa escolha. Tenho certeza que ele tá ouvindo muita gente. Eu tenho um [candidato] e já manifestei publicamente que nós temos que escolher um candidato com viabilidade de ganhar a eleição", afirmou.

Eduardo Bolsonaro

Ciro Nogueira ainda confrontou Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e culpou o filho do ex-presidente por criar "uma narrativa falsa" para o governo Lula, de que o tarifaço de Dondald Trump foi imposto ao Brasil com a condição da anistia a Bolsonaro.

"Eu não estou aqui para criticar ou avaliar o posicionamento do deputado Eduardo. Eu não sei o que que eu faria também se meu pai tivesse sendo injustiçado dessa forma. Mas isso criou uma narrativa falsa para esse governo", afirmou. "Eu não sei o que eu faria se meu pai fosse injustiçado, mas foi um prejuízo gigantesco para nosso projeto político. Nós tínhamos uma eleição completamente resolvida"., emendou.

Ciro Nogueira afirmou que já "manifestou até para interlocutores do governo americano" que foi um erro Trump citar a anistia a Bolsonaro na carta enviada ao governo brasileiro impondo a taxação.

"Eu acho que o próprio presidente Trump ao colocar no início que estava tomando aquelas medidas pelo Bolsonaro, o que não é verdade. Aquilo não foi por conta do Bolsonaro", afirmou. 

Confrontando com a informação de que a condição estava descrita na "primeira linha" da carta a Trump, Ciro falou da interlocução com o governo Trump e tentou colar a culpa em Lula.

"Foi um erro e eu já manifestei até para interlocutores do do governo americano, foi um erro grave. O Trump devia ter dito quem era o real responsável por essa situação era o presidente Lula, por conta de ter atacado o dólar, por conta da questão do BRICS, por conta conta da política externa do nosso país ser comandada por uma figura das cavernas como o Amorim, que que tem um viés radicalmente contra Israel e os Estados Unidos. E isso sim que era os verdadeiros culpado dessa dessa tarefa não o Bolsonaro", afirmou.

"Então isso nos prejudicou, criou uma narrativa falsa do presidente Lula em defesa do da soberania. Ele se aproveitou de uma forma muito ostensiva disso aí e nos prejudicou eleitoralmente", emendou.

Na entrevista, Nogueira ainda negou que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), seja um "ditador ou tirano".

“Não acho isso não (que Moraes seja ditador ou tirano). Acho que há um excesso de ativismo judicial no País, é chegado o momento de dar um passo atrás, porque se não, vamos ter uma eleição no próximo ano em que a discussão vai ser o Supremo, isso é ruim para a democracia", disse, contrariando mais uma vez a tese de Eduardo Bolsonaro.

 

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