Reportagem mostra supostas bandalheiras da CBF de Ednaldo Rodrigues

Revista Piauí mostra desmandos administrativos e suspeitas de corrupção na entidade que comanda o futebol brasileiro

BLOGS

Reportagem de Allan de Abreu na Revista Piauí de abril disseca os métodos pouco ortodoxos de gerenciamento de Ednaldo Rodrigues. A podridão é imensa e envolve políticos e dirigentes.

Um resumo:

1) Durante a Copa do Catar, 49 brasileiros sem nenhum vínculo com a CBF tiveram sua estadia de um mês bancada por Ednaldo. Um deles recebeu cartão corporativo  para gastar 500 dólares por dia.

2) Ednaldo botou na conta da CBF os gastos de sua mulher, da filha, da cunhada, do genro e de dois netos. Todos se hospedaram no Marriot Marquis City. Voaram de primeira classe até o Catar.

3) A CBF pagou hospedagem e deu ingressos para o deputado José Alves Rocha (União-BA) e o senador Clro Nogueira (PP-PI). Os pobrezinhos viajaram em classe executiva.

4) Ednaldo ganha R$ 1 milhão por mês. Quando assumiu, ainda como interino, em agosto de 2021, pôde economizar muito. Afinal, ficou hospedado por nove meses no Grande Hyatt, na Barra da Tijuca. A CBF pagou.

5) Antes de Ednaldo assumir a CBF, cada presidente de Federação ganhava R$ 50 mil por mês. Hoje, ganham R$ 215 mil e recebem 16 salários por mês. Eles reelegeram Ednaldo no mês passado.  Nenhum deles aceitou conversar com Ronaldo Fenômeno, que tentou montar chapa de oposição.

6) Ganharam cargos na CBF seis nomes vinculados ao Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa, cujo diretor geral é Francisco Schertel Mendes, filho de Gilmar Mendes, ministro do STF. Em 7 de dezembro de 2023, o Tribunal de Justiça destituiu Ednaldo. Ele recorreu no Supremo e a ação caiu com Gilmar Mendes, que lhe deu ganho de causa. Sua defesa custou R$ 6,5 milhões e foi paga pela entidade.

São muitos interesses envolvendo uma entidade que tem receita anual de R$ 1 bilhão. Vai aumentar em 2027 quando entrar em vigor novo contrato de patrocínio com a Nike, no valor de 100 milhões de dólares por ano.

A reportagem é devastadora.

 

 

Más de

CBF

Podés leer también