O problema mais grave com o STF e que ninguém percebeu, por Cleber Lourenço
Democracia significa governar para todos e é para isso que serve a Constituição, para que o país seja minimamente governável e acessível para todos os brasileiros.
Não acho que o debate politico e o jornalismo precisem distribuir informação de forma fria e distante dos leitores, notícias são somente úteis no contexto do cotidiano e é nisso que acredito. E-mail: cleber@ocolunista.com.br
Democracia significa governar para todos e é para isso que serve a Constituição, para que o país seja minimamente governável e acessível para todos os brasileiros.
Hoje a atuação do MP é baseada em fustigar a Constituição e as leis e fazem a mesma coisa que o ministro Barroso faz no Supremo Tribunal Federal: a insistência em se colocarem como agentes de modificação social, fazendo escolhas, ponderando a todo momento, quando na verdade sua atuação deveria estar ligada ao cumprimento das leis.
Com a ida para a iniciativa privada, Moro enterra o Planalto não só para si, mas para o apresentador Luciano Huck também.
Segundo nossa Constituição, o exercício dessas funções não é vinculado a governos justamente para que não seja permitido vinculação ou uso político do cargo pelo ocupante.
Poucos possuem coragem e peito para denunciar e apontar os desmandos dessa operação no país. É preciso coragem.
Não dá, o Brasil não aguenta mais aventureiros no poder, ainda mais que fiquem brincando de fazer política!
Se o Pacote Anticrime de Moro tivesse sido aprovado, o PM poderia alegar que agiu sob “forte emoção” e requerer o “excludente de ilicitude”, para reduzir ou anular a pena pelo assassinato.
Quem não queria ser associado ao descalabro bolsonarista, mas também não queria ser alvo das fake news contra a esquerda, pegou o caminho mais fácil.
Ele quer a volta do voto de cabresto? O ministro Barroso deve viver na Noruega brasileira, em sua imaginação.
São Paulo precisa se livrar da leva de governantes sem entusiasmo, administradores que não olham para os serviços públicos como uma obrigação, mas sim como uma esmola, um favor para o eleitorado.
Na verdade, quem está incomodada com a “politização” das Forças Armadas é a própria tropa, que vê como indevida não só a infiltração de militares no Planalto, mas também em gabinetes de ministros do STF e do Congresso.
A partir do momento que candidatos colocam propostas em segundo plano e partem para cantorias, baixarias e mentiras descabidas, eles sinalizam o seu desrespeito pelo processo eleitoral e pela democracia.
Ao permitir apenas a suspensão das eleições em Macapá, capital do Amapá, enquanto demais cidades do Estado seguem sem luz, o ministro Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, contribui para desacreditar a Justiça mais uma vez. A decisão veio após súplicas do presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre, que é irmão de um candidato […]
Medidas tomadas sem planejamento e com o absurdo desejo de acabar com a política jogam candidatos diretamente nas mãos de criminosos.
É um absurdo a situação miserável que o MP impôs ao país. Não há caminho para a reestruturação do Brasil que não passe por disciplinar e desenvolver uma forma da democracia sem ter um maior e melhor controle do MP.
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Renato Rovai
Editor da Revista Fórum