Falhou, Falhou, o retorno: A campanha de Serra na rede

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A repórter Daniela Pinheiro da Revista Piauí fez um reportagem sobre a campanha na rede dos três candidatos com maior intenção de votos nas pesquisas eleitorais.

Destaco um trecho:

Os internautas que navegam pelo site oficial de José Serra são convidados a responder um questionário que inclui nome completo, número de celular, cep, quanto tempo está disposto a trabalhar e como pensa em ajudar a campanha.

Quem se cadastrou há mais de um mês, recebe boletins com os chamados “desafios Mobiliza PSDB”. Num dos primeiros, pedia-se ao internauta que fornecesse cinco endereços eletrônicos de simpatizantes de Serra.

Numa noite de julho, marcou-se um bate-papo on-line com os coordenadores do movimento para avaliar a quantas andava a coleta. Às oito e meia da noite, um rapaz chamado Rafael Crespo, de forte sotaque carioca e vocabulário de surfista, apareceu na tela. Estava no comitê de Serra no bairro do Leblon e perguntava aos internautas quem havia cumprido a tarefa.

O desânimo dos interlocutores virtuais era notório. Pareciam alunos que não fizeram o dever de casa. “Gente, só um endereçozinho, vai. Eu pedi para a minha mãe, para a minha irmã e para três amigos no msn. Vocês podem fazer isso também!”, chiou. A transmissão era ruim e o som falhava.

No dia seguinte, a tarefa era tuitar “#serra45” à exaustão, até a mensagem aparecer na lista de tópicos mais vistos do Brasil. No comitê e nas telas, porém, o que se via eram jovens zanzando pelo comitê ao som de uma música de Beyoncé. (...)

Não me surpreende  que a tentativa de levar a tag #serra45 para o TT tenha malogrado, observem o nível dos 'militantes' pró Serra no twitter:
Nesta última, uma mensagem de RT do jornalista e blogueiro de O Globo tem tags adicionadas que não estavam na mensagem original.
Usando perfis fakes, linguajar chulo, ações para inflamar a discussão na rede como atacar a tag #blogprog (tag criada pelos blogueiros que participaram do Primeiro Encontro Nacional dos Blogueiros Progressistas) pretendem conquistar votos para Serra?
O que tenho visto é exatamente o contrário, mesmo eleitores que não pretendem votar em Dilma se afastam cada vez mais desses 'militantes' estilo graeefeano. Não me admirarei nada se Marina passar à frente de Serra.
Mas por que a estratégia desses indivíduos é tão agressiva? Como são alimentados?
Veja abaixo um dos e-mails que chegam da Campanha de José Serra (clique no link para ampliar).
De Caixa suspensa
Atente para os arquivos anexados na imagem copiada da tela do computador.
Ao abrir cada um dos anexos o leitor se assusta com o baixo nível dos textos: saídos dos blogs da Veja, e textos apócrifos que insistem no factóide de Dilma 'assassina', 'terrorista' e outras sandices, os anexos buscam criar um clima de terror, pró-ditadura militar, pró-torturadores e condenar ações de resistência à ditadura militar.
Eles também listam candidados aliados do PSDB que oportunisticamente saltaram do barco da candidatura Serra (mas esquecem de listar o próprio presidente do PSDB, Sérgio Guerra que esconde Serra dos santinhos e do horário político). Aos políticos de outros partidos da coligação tucana eles os denominam de 'traíras'. Sérgio Guerra, Tasso e tantos outros do PSDB seriam o quê?
Nesse mail da campanha de Serra também tem o artigo de Elio Gaspari sobre Dulce Maia que ignorou a história. Mas nenhuma linha sobre a resposta de Dulce Maia publicada no Observatório da Imprensa e replicada em diferentes blogs.
Não se vê na longa e improdutiva lista de anexos (quem é que tem tempo de ler tanto spam?) um único anexo falando do candidato Serra. Quais são suas propostas, qual é o seu projeto político? Por que os eleitores devem votar em Serra e  interromper a continuidade de um governo que tem 80% e aprovação?
Parece-me que o desafio dos 'militantes' pró-Serra de linguagem chula, detratores, agressivos e que buscam espalhar o medo é hercúleo: convencer o povo brasileiro de que estão equivocados, de que são 'povinho inculto', de que a vida deles não melhorou.  Enquanto isso eles mandam spam e emporcalham a timeline dos que ainda o seguem e como narra a jornalista da Piauí, ficam 'zanzando pelo comitê ao som de uma música de Beyoncé".