Falcão aposta na despolitização da massa, prega voto contra Dilma e ganha contrato do empresário que financiou campanha de Marina

Escrito en BLOGS el

Está fácil fazer política no Brasil jogando o jogo da despolitização. O exército da oposição sem voto são as tevês, os jornais, a rede e os palcos com artistas oportunistas, despolitizados ou de má-fé.

Cada vez mais artistas espertos, alguns em franco esquecimento outros de olho em gordos contratos resolveram malhar o Judas, e o foco é a eleição. Não disfarçam mais, eles estimulam que plateias igualmente despolizadas, de classe média sem memória e sem compromisso com as verdadeiras causas do povo brasileiro xinguem a presidenta.

Os caquéticos e reacionários roqueiros Roger, Lobão, Dinho Ouro Preto, assim como despolitizados como Ney Matogrosso podem fazer coro a corja reacionária da Veja/Folha/Band/SBT/Globo e votarem e declarem voto em quem desejarem, afinal este é um país democrático, mas eles jamais revelarão a esses jovens de classe média sem memória que suas críticas são oportunistas, são críticas permeadas por interesses econômicos ou que fazem parte de um grupo que não conhece o Brasil, não conhece o passado do Brasil e não conhecem o Brasil atual e suas mudanças imensas que tiraram da linha da miséria uma Argentina. Eles não são honestos ao público que falam e não esclarem que suas críticas oportunistas (e a maioria infundadas) visam tão somente seu bolso e não o destino do povo brasileiro ou um país melhor.

No berço do agronegócio, em Ribeirão Preto, posso imaginar a plateia que Falcão estimulou mais ódio. Vestiam camisetas da Ellus, estudam em escolas privadas, vários devem achar que a polícia tem mesmo é que matar a juventude negra das periferias.

Para Falcão me parece mais vergonhoso fazer esse papel. Ele conviveu com Marcelo Yuka, sabe bem o apito que toca a direita neste país. Estimular juventude despolitizada que repete bordões racistas, homofóbicos, sexistas a xingar a presidenta e ganhar contrato com o principal financiador da campanha de Marina Silva mostra bem o que vem pela frente. O que Falcão fez foi campanha eleitoral explícita, não foi expressar sua opinião. E fez na toada reacionária representando a direita e o que temos de mais danoso na sociedade.

Estimular uma plateia despolitizada a ofender a mulher e a presidenta do país não é revolucionário, é reacionário e vergonhoso. Estimular uma massa inteira despolitizada a gritar em coro palavrões à única mulher que governou esse país diminui Falcão, não a presidenta.

Leia também:

Quando o tucano coxinha-mor tem a mesma opinião dos ‘vândalos’ sobre a copa e sobre o Brasil

Arnaldo Marques: Folha mente, manipula e desinforma sobre despesas com a Copa

Virou moda roqueiro virar reaça, papagaio de mídia golpista, envelhecer de modo tão caquético?

Da série “Lula explica”: o desafio de fazer uma imprensa relevante quando acabar a era da mídia monopolizada

Escosteguy: Carta aberta a Ney Matogrosso

Abaixo a Ellus, abaixo o trabalho escravo, abaixo os vira-latas das passarelas e da ‘moda’ atrasada

Complexo de Vira-latas, uma dica para coxinhas da moda Ellus e todo o resto da vira-latice

Luíza Trajano para empresários estilo Ellus: “Está tão ruim? Então, vende o negócio e muda de país!”