Bolsonaro botou o pé na porta. É hora da frente ampla, amplíssima e radical!

Leia no Blog do Maringoni: É pouco provável que um golpe prospere agora, em meio ao crescente número de mortes na pandemia. Mas o psicopata envenena o ambiete, cria crises e joga carne sangrenta para a sua malta

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O Boçal tentou hoje seu putsch da cervejaria. Como Adolf Hitler na Munique de 1923, Bolsonaro dá um passo explícito em direção ao caos. Como führer miliciano, despiu-se de toda e qualquer adereço democrático e bradou para suas hienas: "Não queremos negociar nada!"

Pergunta-se: nada o quê, cara pálida? Virão para o golpe? O chamado ao Exército e ao fim do confinamento vai pegar? As Forças Armadas, já escanteadas pela medida que libera geral o porte de armas, servirão de capitães do mato de um chefe de quadrilha?

A declaração parece ter pego todos de surpresa. Juliano Medeiros (PSOL) e Carlos Luppi (PDT) já soltaram notas vigorosas. Boulos e Ciro deram declarações contundentes, assim como Rodrigo Maia, FHC e Luciano Huck. Doria deplorou o apoio a uma manifestação antidemocrática. Lula, para variar, prima pela ambiguidade genérica.

É pouco provável que um golpe prospere agora, em meio ao crescente número de mortes na pandemia. Mas o psicopata envenena o ambiete, cria crises e joga carne sangrenta para a sua malta.

Somente com uma amplíssima frente antibarbárie se poderá caminhar para a retirada de Bolsonaro do poder por vias constitucionais. Amplíssima quer dizer amplíssima, algo semelhante à frente formada pelos Aliados na II Guerra Munial. Diante da hecatombe nazista, Josef Stalin não titubeou um segundo para se juntar ao chefe do imperialismo em ascensão (Roosevelt) e ao mandatário colonial (Churchill).

Mais do que nunca, só será amplo agora quem for radical. Esse é o único caminho para os democratas e para a esquerda.

*Este artigo não reflete, necessariamente, a opinião da Fórum