Mansur: "No meu escritório não admito moças que vão ficar grávidas..."

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Foi aprovado na última terça-feira, 26, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que garante aos trabalhadores domésticos 17 novos direitos, equiparando-os com os demais trabalhadores e corrigindo uma injustiça histórica. A PEC estabelece novas regras para a relação entre patrão e empregados domésticos, como jornada diária de trabalho de oito horas diárias, ou 44 horas semanais, o pagamento de hora extra de, no mínimo, 50% da hora normal. Aos novos direitos se somam os já existentes, como 13º salário, descanso semanal, férias anuais e licença gestante.

Essa nova lei está sendo alvo de críticas de boa parte daqueles brasileiros que nunca lavaram suas próprias privadas, varreram um chão ou ao menos lavaram uma pequena louça. Ou seja, a elite parasita que anda é um cancro no Brasil. Esse povo se vale de um argumento falacioso de que a nova lei provocará "desemprego". Ou seja, eles estariam, em tese, preocupados com esses outros brasileiros. Eles seriam de fato os "advogados" dos interesses dessa massa desprotegida e que está sendo enganada por oportunistas. É de emocionar...

Uma das representantes da turma é a colunista Danuza Leão. Ela fez um artigo recente onde lista todas as outras coisas que um país desenvolvido tem e que justifica que lá exista uma lei que proteja os empregados doméstico. Sim, "nazeupora" e "nozistates" trabalhadores domésticos têm direitos trabalhistas equiparados aos demais trabalhadores. Nem por isso desapareceram.

Mas ela não é a única a se prestar a este papel de dona da pensão do high society. Hoje assisti um simbólico do que é o pensamento de uma parte das patroas "dazelite" brasileira. O vídeo, divulgado pela TvIG, mostra a advogada e socialite Regina Mansur, uma das integrantes do programa Mulheres Ricas, reclamando da nova lei.

Entre outras coisas, Mansur afirma que não contrata empregadas com filhos pequenos, que "doméstico" e trabalhador são coisas diferentes e, pasmem, que contrata mais homens em seu escritório para não correr o risco de ficar sem a funcionária caso ela engravide.

Se tiver estomago, assista ao vídeo até o final. (Obs: o áudio está dessincronizado)