O cachorro do Bolsonaro, a moça de biquíni no Leblon e Carol Solberg

Por que a moça atentava ao pudor por andar de biquíni numa cidade praiana e o vira-lata do Bolsonaro pode participar de ato oficial no Palácio do Planalto?

Bolsonaro em assinatura da lei que aumenta pena para maus-tratos de animais (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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O presidente da República, vulgo Fora Bolsonaro, foi assinar um ato oficial com um cachorro ao colo. Um cachorro que enfiou as patas na ata em sinal de respeito.

O vídeo virou piada. Muitas pessoas acharam o gesto engraçado. Até porque, talvez se o animal fosse o presidente, a situação estaria melhor.

Mas o patetismo da cena remeteu o blogueiro a dois outros momentos recentes. A moça de biquíni que desfilava e dançava num carro conversível e a atleta Carol Solberg que comemorou sua vitória da maneira mais genuína possível.

Por que a moça atentava ao pudor por andar de biquíni numa cidade praiana e o vira-lata do Bolsonaro pode participar de ato oficial no Palácio do Planalto? Por que Carol Solberg não pode celebrar sua vitória da forma que lhe pareça mais conveniente e a besta-fera pode fazer o que quer do espaço público?

A questão é que estamos sendo aos poucos engolidos pelo estado policial e de moralistas sem moral. Daqueles que botam a PF pra intimidar Boulos e ao mesmo tempo se lambuzam comprando imóveis com sacos de dinheiro.

Ou reagimos ou nos tornaremos acorrentados. Como cães presos em quintais fedorentos.

Leia também: Denúncia contra Carol Solberg no STJD pede multa de R$ 100 mil por “Fora, Bolsonaro”

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