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Um estudo realizado pela Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara dos Deputados, em parceria com a Associação de Educação do Homem de Amanhã de Brasília (HABRA), sobre casos de violência contra a mulher trazem dados estarrecedores. O levantamento revela que 96,8% dos casos de estupro de menores de 14 anos foram causados por abusadores que compartilham laços sanguíneos ou de confiança com a família da vítima. Apenas 3,2% são de desconhecidos.
No período analisado, janeiro a novembro de 2018, foi identificado 32.916 casos de estupro no país. A informação sobre a proximidade entre a vítima e seu algoz muda radicalmente nos casos que atingem mulheres entre 19 e 59 anos: 52% são de desconhecidos, enquanto 48% possuem algum vínculo familiar ou de confiança com a família da vítima. Para chegar a esse número o levantamento criou três categorias diferentes desse crime:
- estupro comum, quando é cometido por um único autor presencialmente contra uma ou mais vítimas, 29.430 casos;
- estupro coletivo, cometido por dois ou mais indivíduos contra uma ou mais vítimas de forma presencial, 3.349 casos;
- estupro virtual, uma categoria recente na classificação dos crimes sexuais, mas que em nada difere da noção de relação sexual abusiva. Neste cenário, a mulher sofre a ameaça de ter seu corpo exposto nas redes sociais, caso não atenda às exigências libidinosas do abusador. Em 2018, foram encontrados 137 casos de estupro virtual na imprensa.