Ataque hacker anunciado por Guedes vira piada na web

A assessoria do ministro se antecipou e disse que mensagens originárias do celular do ministro devem ser desconsideradas

Paulo Guedes (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil )
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Dois dias depois da líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann, anunciar que teve seu celular clonado num “ataque hacker” semelhante ao que o ministro Sergio Moro diz ter sofrido, nesta terça-feira (23) foi a vez do ministro da Economia, Paulo Guedes, relatar mais uma invasão.  Segundo ministro do governo a alegar um suposto atentado à privacidade, parlamentares e internautas não pouparam desconfiança às alegações. Vice-líder do PCdoB, o deputado federal Márcio Jerry (MA) deixou clara a desconfiança. “Crônica da farsa anunciada. Parece ser o motivo de tantos telefones de autoridades bolsonaristas sendo "hackeados". Aí tem...”, afirmou. https://twitter.com/marciojerry/status/1153647822241259520 Ironizando a coincidência, a Líder da Minoria na Câmara dos Deputados, Jandira Feghalli (PCdoB-RJ) também postou comentário em seus Twitter. “3 figuras ligadas ao governo alegam que seus celulares foram hackeados. Moro, Joice e agora Guedes. Já dá para pedir música no fantástico?”. https://twitter.com/jandira_feghali/status/1153612435674357760 No Twitter, também não faltaram comentários sobre a tentativa de confundir a população. “É a “festa” dos celulares hackeados entre ministros e pessoas da base de apoio de Bolsonaro. Será?? Desde que a Vaza Jato caiu no colo de Moro, o ex-juiz vem trabalhando para criar a ideia de crime em andamento. Por que?”, comentou um perfil. "fui atacado por hackers" é o novo "meu cachorro comeu a lição"!”, disparou outra. https://twitter.com/glaubermacario/status/1153627452377317377 https://twitter.com/detremura/status/1153660576352165888 Antes de Guedes, o ministro da Justiça, Sergio Moro, relatou que o celular foi invadido logo após mensagens reveladas pelo ‘The Intercept Brasil’ deixarem dúvidas sobre parcialidade de atuação de Moro, enquanto ainda juiz da Lava-Jato. No domingo (21), o site fez sua 11ª denúncia desde que começou a divulgação dos chats que apontam o envolvimento de Moro e a cúpula do Judiciário no caso. Neste último, Deltan Dallagnol sugeriu que Sergio Moro protegeria Flávio Bolsonaro para não desagradar ao presidente e não perder sua indicação ao STF.