Comissão pode investigar gasto de R$ 7 milhões com Memorial da Anistia brasileiro

Damares Alves afirma que a compra de um HD externo com imagens, documentos e filmes teria custado R$ 7 milhões. Deputados da oposição defenderam criação do museu sobre a memória política

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A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC) da Câmara dos Deputados pode investigar a compra de um HD externo no valor de R$ 7 milhões para a Comissão de Anistia do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Convidada para explicar a compra, a ministra Damares Alves disse nesta quarta-feira (22) que ela foi feita por governos anteriores para compor o catálogo do Memorial da Anistia Política do Brasil, uma obra parada em Belo Horizonte (MG). Trata-se da construção, da reforma de edifícios e da produção de conteúdo para preservação da memória política dos períodos de repressão no Brasil. Orçada inicialmente em R$ 5,15 milhões, em 2009, a obra estava valendo R$ 28,8 milhões em 2018. Para o deputado Jorge Solla (PT-BA), no entanto, o valor não diz respeito apenas ao hardware, mas ao serviço contratado de catalogação e documentação. "É um serviço árduo e tem um valor de patrimônio histórico importantíssimo", defendeu. Segundo a ministra, o conteúdo do HD inclui imagens, documentos sonoros e filmes escaneados, entre outros itens. Entre as fotos, ela exibiu na audiência imagens de personalidades de esquerda e artistas. "A maioria das imagens foi colhida no Arquivo Nacional ou mesmo nas redes de pesquisa da internet. Nós consideramos que aquele conteúdo não vale R$ 7 milhões", afirmou. O deputado Padre João (PT-MG), por sua vez, disse entender o memorial como a materialização de uma história de lutas. “Montar um museu é uma coisa, depois tem que equipar. Há uma série de questões que a gente tem que levar em conta. Em vez de falar só de valores, a gente tem que especificar”, defendeu. Com informações da Agência Câmara