Eduardo Bolsonaro apresenta moção de louvor à ajuda de Israel que veio incompleta

Segundo o comandante das operações de resgate de Brumadinho, o equipamento israelense não teve efetividade nas buscas do tipo de desastre ocorrido na cidade

Foto: Divulgação Embaixada de Israel
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Eleito presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ) dá continuidade à política ideológica externa inaugurada por seu pai. O parlamentar apresentou na última quinta-feira (14) requerimento (REQ 14/2019) de louvor ao Governo do Estado de Israel pelo apoio logístico para o regaste das vítimas de Brumadinho (MG). A proposta tem como base o envio por aquele país de uma equipe de 130 militares para auxiliar nos trabalhos de buscas após a tragédia do rompimento da barragem de Brumadinho, em janeiro. Naquela época o governo divulgou com pompas que os militares iam trazer equipamentos e radares para localizar corpos que estivessem sob o lamaçal. Porém, segundo o tenente-coronel Eduardo Ângelo, comandante das operações em Brumadinho (MG), os equipamentos que vieram de Israel “não eram efetivos para esse tipo de desastre”. A ajuda de Benjamin Netanyahu, amigo de Bolsonaro e indiciado por corrupção, de acordo com os bombeiros, serviriam em um caso de busca por corpos quentes. “Todos os corpos [na região] são frios. Então esse já é um equipamento ineficiente”, disse à época o tenente-coronel à Folha. À época, a atuação do governo foi vista com desconfiança por setores da sociedade, sendo classificada mais como uma ação política do que de viabilidade prática. Ou seja, a menção de louvor à "ajuda" do governo de Israel sugere que a iniciativa, desde o início, sugere mais uma ação política com os corpos das vítimas do que de fato uma ajuda humanitária.
Para valer a moção de louvor ainda precisa ainda ser votada pela comissão. Ela foi inserida na pauta da reunião na próxima quarta-feira (20).