Parlamentares do PT avaliam que ida de Lula a Conselho pode ajudar no resgate de sua liberdade

Lula será ouvido pelo Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH) na próxima terça-feira, dia 17, em Curitiba. Ele poderá falar no âmbito de uma sindicância aberta em julho para analisar a suposta violação de seus direitos de defesa

Lula (Foto: Guilherme Santos/Sul21)
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O Partido dos Trabalhadores (PT) recebeu com certo alívio a decisão proferida nesta terça-feira (10) pela juíza Carolina Lebbos, sucessora de Sérgio Moro na 12ª Vara Federal de Curitiba, autorizando que o ex-presidente Lula seja ouvido no próximo dia 17, pelo Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH), em sindicância aberta em julho para analisar a possibilidade de violação ao seu direito à defesa. Ouvida pelo blog, a deputada federal e presidente do PT, Gleisi Hoffmann avaliou que será uma oportunidade para o ex-presidente denunciar a postura política do ex-juiz Sérgio Moro. “Acho que para o presidente é uma oportunidade importante, e para a democracia também. E espero que isso também seja para o resgate da justiça em relação ao Lula”, afirmou. Parte da denúncia apresentada pelo PT sobre as violações ao ex-presidente está fundamentada nos vazamentos de diálogos de procuradores da República e do ex-juiz Sergio Moro, atual ministro da Justiça e Segurança Pública. Na avaliação do vice-líder do PT na Câmara dos Deputados, Rogério Correia (PT-MG) destaca uma mudança de postura da justiça em relação a Lula. “Vejo como oportunidade para Lula dizer para o comitê a sua inocência, e inclusive repercutir o que o The Intercept tem publicado, a parcialidade do juiz Moro, que na verdade chefiou a Lava-Jato”, observou o congressista. Desde junho o portal The Intercept Brasil vem repercutindo série de reportagens sobre um pacote de mensagens oriundas do aplicativo Telegram. O material indica uma série de irregularidades supostamente cometidas no curso de processos da Operação Lava Jato. O Intercept têm publicado as reportagens desde junho com o apoio de veículos parceiros, como o UOL e a Folha de S. Paulo. “Nós já sabíamos, com base no acompanhamento do processo, a maneira que foi conduzido, que o Lula foi julgado e condenado por razões política”, pontuou Patrus Ananias (PT-MG).