PSB condena violações de direitos humanos na Venezuela e decide deixar Foro de São Paulo

Com essa decisão, o PSB torna-se o primeiro partido progressista brasileiro a se posicionar claramente contra o governo Maduro

O presidente do PSB Carlos Siqueira. Foto: Humberto Pradera
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O Diretório Nacional do Partido Socialista Brasileiro (PSB) aprovou nesta sexta-feira (30), por unanimidade, uma resolução de repúdio às violações de direitos humanos praticadas pelo governo venezuelano de Nicolás Maduro, em consonância com o relatório da Alta Comissária das Nações Unidas para Direitos Humanos (ACNUDH), Michelle Bachelet. Com essa decisão, o PSB torna-se o primeiro partido progressista brasileiro a se posicionar claramente contra o governo Maduro. O partido defende que o governo venezuelano acate as recomendações que constam do relatório da ACNUDH. No início de julho, Bachelet pediu às autoridades venezuelanas tomarem passos imediatos para interromper as disseminadas violações contra a população do país e trabalhar para resolver a crise. Na resolução, o PSB também deu aval à formalização de sua saída do Foro de São Paulo, de cujos encontros não participa há anos, reforçando a importância da Coordenação Socialista Latino-Americana como "ferramenta para aprofundar a integração de partidos progressistas comprometidos com a redução das desigualdades" e "com o desenvolvimento econômico e social soberano dos países de nosso continente". "Essa é uma decisão muito importante do PSB, que honra suas origens, de partido que nasceu como contraponto a propostas que se diziam progressistas mas que eram autoritárias. Não abrimos mão de nosso compromisso com a democracia e com os direitos fundamentais. Estamos com Bachelet e Mujica, não com Maduro”, afirmou o deputado federal Alessandro Molon (PSB-RJ). O Diretório do PSB também aprovou resolução de apoio ao Partido Democrático italiano, por sua "capacidade de diálogo" e "compromisso com a democracia", ao superar diferenças e viabilizar um governo de coalizão com seu outrora adversário político. Fruto desta ação, o partido Legal, de extrema-direita, de Salvini, foi retirado do governo da Itália.