Escrito en
POLÍTICA
el
O deputado Leonardo Monteiro (PT-MG) denunciou, nesta terça-feira (17), durante a sua fala no debate em torno do parecer do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP) sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 06/19 que pretende estabelecer uma “Nova Previdência”, que a matéria retirará direitos dos trabalhadores.
Para ilustrar a acusação, o petista mineiro demonstrou um caso de um colega de “chão de fábrica” que está próximo de se aposentar com direito a R$ 2,3 mil e que pode receber apenas R$ 1,7 mil se o texto relatado pelo tucano paulista for aprovado. Ele sustentou que a iniciativa não enfrenta os privilégios e ataca apenas os mais pobres.
“Eu estou com um exemplo aqui que nós conseguimos formular, de um companheiro que eu conheço. Eu trabalhei a minha vida toda de carteira assinada. Eu fui peão de chão de fábrica. Estou com um colega que é operador de fábrica. Ele está com 62 anos de idade e 30 anos de contribuição. Eu fiz a conta e o fato é que, se considerarmos hoje o atual sistema, ele tem 360 contribuições e se aposentaria com R$ 2.358,00. Se a proposta passar conforme está no relatório, ele vai ter que contribuir 396 vezes, vai ter um desconto de 14% e vai se aposentar com um salário de R$ 1.794,00”, demonstrou.
“Este aqui é um trabalhador, um operário de chão de fábrica com mais de 30 anos de contribuição. Ele teria que se aposentar pela Previdência que nós temos hoje, previdência pública social e solidaria, com R$ 2.358,00. Com o relatório do Deputado Samuel Moreira, que já está melhorado em relação à proposta original da PEC 6, ele só conseguiria se aposentar com R$ 1.794,00”, complementou.
Oposição contra a reforma
Os cinco principais partidos de oposição oficializaram nesta terça-feira (18) a posição contrária ao relatório da reforma da Previdência. Com isso, o texto do deputado Samuel Moreira já tem 11 votos contrários, de PT, PSB, PDT, PSOL e PCdoB.
A comissão especial que analisa a reforma tem 49 membros. Para ser aprovado, o parecer precisa do aval de 25 membros. Se conseguir, o texto segue para o plenário.
A decisão dos partidos de esquerda acontece mesmo depois de o relator ter feito ajustes que, segundo ele, poderiam agradar a oposição. Participaram da reunião, em Brasília, lideranças do PT, PSB, PDT, PSOL e PCdoB.
Com informações da Agência Política Real