Greve nacional: o recuo de uma aventura

A união do esquerdismo com o peleguismo gerou uma biruta de aeroporto, que tem como mastro a subestimação das forças do lado de lá, misturada com demonstrações de impotência disfarçadas por radicalismo infantil.

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A união do esquerdismo com o peleguismo gerou uma biruta de aeroporto, que tem como mastro a subestimação das forças do lado de lá, misturada com demonstrações de impotência disfarçadas por radicalismo infantil. Por Gilberto Maringoni* A greve de Itararé - a que não houve -, marcada para 5 de dezembro, entrará para a história do movimento sindical como uma das grandes cagadas de nossa história social contemporânea. Um misto de vanguardismo, erro de avaliação e doses cavalares de oportunismo cria confusão na entrada e na saída. Ou seja, na convocação de fancaria e no recuo cheio de bravatas. A união do esquerdismo com o peleguismo gerou uma biruta de aeroporto, que tem como mastro a subestimação das forças do lado de lá, misturada com demonstrações de impotência disfarçadas por radicalismo infantil. O fato concreto é: o governo não conseguiu reunir momentaneamente os votos necessários. Isso tem de ser capitalizado fortemente. *Gilberto Maringoni é professor de Relações Internacionais na Universidade Federal do ABC. É também jornalista e cartunista. Foto: Commons