Vinícius Jr, brasileiro, é o maior símbolo atual da luta contra o racismo. A cada drible, a cada gol, ele é ofendido, humilhado, chamado de macaco e não abaixa a cabeça e nem espera que lutem por ele.
Ele dá a cara a tapa, aponta o dedo, mostra o agressor e...recebe insossas notas de repúdio a seu favor. Ele incomoda La Liga, acostumada a lidar com pretos acomodados.
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Os espanhóis ficam irritados. Todos se ofendem quando chamados de racistas. "Não somos, tenho amigos pretos", diz Dani Carvajal. A sociedade futebolística espanhola, jogadores, dirigentes e jornalistas, fala em casos isolados - milhares - e não se assume como racista.
Amanhã, vestindo a camisa da seleção brasileira, Vinícius Jr enfrentará os espanhóis, seus algozes a cada domingo. E o que faz a CBF? Coloca Vinícius Jr para dar uma entrevista coletiva.
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O cidadão - e que cidadão - fala da dor que sente e chora. Está no limite. Sai aplaudido e deve apanhar muito durante o jogo. Afinal, quem é esse preto para dizer que somos racistas?
Vinícius, com sua coragem, está jogado às feras. E onde está Ednaldo Rodrigues, também negro, presidente da CBF? Ninguém sabe, ninguém viu. A certeza é que não estava só lado de Vinícius. E, se acontecerem ofensas raciais durante o jogo, nada fará. A seleção jogará até o final e Vinícius, além de mais um dia de dor, receberá uma nota oficial - a centésima? - de apoio.