Luis de Camões escreveu Os Lusíadas, um épico que conta a descoberta do caminho marítimo para as Índias por Vasco da Gama. São relatados grandes feitos da história portuguesa.
Fico pensando o que Camões poderia escrever sobre seu compatriota António Oliveira? Conquistas no mundo árabe, sempre como auxiliar do pai? Fracasso no Santos, como auxiliar de Jesualdo?
E como comandante! Trabalhos sem nenhum brilho por Furacão e Coritiba. Benfica B? Duas passagens pelo Cuiabá.
A última talvez merecesse uma estrofe com oito versos decassílabos contando como o Cuiabá foi um visitante indigesto em 2023, com defesa bem estruturada e contra-ataque eficiente.
Foi um bom ano, o que serviu para o convite que o levou ao Corinthians. O que estava acima de sua competência. Oliveira se diz teimoso e acertado, como tantos ao 4-2-3-1 com pontas espetados. Os resultados são aterrorizadores.
Hoje, o Corinthians de Oliveira enfrenta o Cuiabá, que foi seu no ano passado, e que agora é comandado pelo conterrâneo Petit. No domingo, o adversário é o poderoso Palmeiras do também conterrâneo Abel Ferreira, este sim a merecer um poema qualquer...
Se as coisas não melhorarem,Oliveira receberá cantos da Gaviões, muito menos inspirados que os de Camões. E um bilhete azul, claro.