Fim dos tempos

Racismo em jogo sub-12 é prova da falência moral da sociedade

Mulher vai presa após praticar racismo contra jogador de onze anos de idade

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Meu nome é Luís Augusto Símon, mas pode chamar de Menon. Sou jornalista há 38 anos e antes eu sonhava em ser jornalista.
Racismo em jogo sub-12 é prova da falência moral da sociedade
Criança vítima de racismo deixa o campo amparada. Reprodução

"Preto, filho da puta, sem família. Vai tomar no cu", foram as ofensas de uma mulher que estava, em Guaratinguetá, vendo o jogo entre Corinthians 5 x 1 Manthiqueira. Racismo. Mais um caso de racismo, como tantos outros. Só que não. É muito mais abjeto. O jogador do Manthiqueira vítima das ofensas tem onze anos de idade.

Foi dessa maneira - praticando esporte, junto com amiguinhos, talvez sonhando com um futuro glorioso - que a realidade brasileira lhe deu um soco na cara. Não, ele não é igual aos outros. Ele é preto. E, por ser preto, só pode ser sem família, um reles filho da puta.  Aprendeu, em momento de alegria, que o mundo só lhe reserva tristezas.

Caiu. Sentiu no chão e...chorou. Uma criança não deve chorar. Uma criança praticando futebol só deve chorar pelo placar adverso - no caso, 5 x 1 - e não por ser vítima de racismo.

O árbitro Guilherme Drbochlaw cruzou os braços, conforme manda o protocolo anti-racismo. O menino, amparado, deixou o campo chorando. A ofensora foi para a cadeia. A Federação soltou uma nota.

E nós rompemos uma barreira. Praticamos racismo contra nossas crianças.

É o fim.

Tomara!

Duvido.

 

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