Meu nome é Luís Augusto Símon, mas pode chamar de Menon. Sou jornalista há 38 anos e antes eu sonhava em ser jornalista.
Leão está certo: a culpa do fracasso é dos treinadores brasileiros
Osvaldo de Oliveira e Leão, à frente de Ancelotti, criticado fato de a seleção ser dirigida por um treinador estrangeiro
Leão e Osvaldo de Oliveira, já na casa dos 70 anos, tiveram uma atitude infantil ou, no máximo pré adolescente, na presença do italiano Carlos Ancelotti, treinador da seleção. Sim, crianças em sua inocência ou pré adolescentes já com uma dose de maldade é que não possuem freio em relações sociais. Falam o que pensam e não interessa se estão magoando ou causando constrangimento.
Em uma reunião da Federação Brasileira de Treinadores, na sede da CBF, e diante de Ancelotti, fizeram um discurso que a alguns pode parecer xenofóbico. Disseram que detestam e não aceitam a seleção e os clubes brasileiros sendo dirigidos por estrangeiros. Fizeram uma ressalva a Ancelotti: pelo menos que seja por alguém com tamanho currículo.
Interessante é que Osvaldo e Leão dirigiram muitos clubes fora do Brasil, principalmente no Japão. E foram bem recebidos. E que o Brasil talvez seja um dos últimos países a rejeitar a globalização. Felipão deixou Portugal feliz, Parreira dirigiu África do Sul e Arabia Saudita. Joel Santana gastou seu inglês na África do Sul e Zago dirigiu a Bolívia.
Se nós podemos ensinar, não podemos aprender? Ou eles acham que nada temos a aprender?
Leão, em um rasgo de sinceridade, falou que "a culpa é nossa".
Não se aprofundou, mas acertou. Há pouco tempo nem havia cursos para treinadores por aqui. E os que reclamam da pecha de atraso é que são os professores.
Tirando o controverso Fernando Diniz, treinadores brasileiros não apresentam nada de novo. Vão muito pelo espírito daí estouro da boiada. Há alguns anos, o 3-5-2 substituiu o 4-3-3, que havia sucedido o 4-2-4. E todos adotaram o esquema da vez. Ninguém desafinou a bada dos contentes. Agora, é o 4-2-3-1. E, com a falta de meias, logo estaremos todos adotado o 4-2-4 de Ancelotti.
Dorival foi fazer, esqueceu a recomposição e levou de 4 da Argentina
Os grandes momentos do futebol brasileiro recente vieram com os portugueses Abel Ferreira e Jorge Jesus. Artur Jorge, também. E Sampaoli, com seu futebol frenético de muita intensidade.
Quais treinadores brasileiros estão antenados com novidades? Pressão na saída de bola? Rogério Ceni. Mais algum?
Não adianta fazer birra e malcriação. Precisa estudar.
Agora, não há o que justifique a contratação de estrangeiros fracos como Pepa e, principalmente, António Oliveira. Nesse ponto, concordo com Osvaldo e Leão.
