Alexandre Padilha é o candidato de Lula a prefeito pelo PT em São Paulo

O nome de Padilha não é unanimidade, mas também não é rechaçado. O que as pessoas esperam dele é que faça tudo muito diferente do que na campanha para o governo de Estado em 2014, quando focou seu discurso na classe média e esqueceu do eleitorado tradicional do PT.

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O convite que Lula fez para Marta Suplicy voltar ao PT na entrevista para o UOL caiu como uma bomba no diretório municipal de São Paulo. Quase ninguém entendeu o que o ex-presidente queria com aquilo. Mas depois de 48 horas de decantação da entrevista, tudo começa a ficar claro. Como este blogue já havia registrado, a entrevista foi concedida na mesma data em que ele recebia o ex-ministro Alexandre Padilha e o ex-presidente do PT, Rui Falcão. O blogueiro escreveu: “tem caroço neste angu”. E tinha. Fórum apurou que Lula pediu para Padilha rodar a cidade e começar a se preparar para ser o candidato a prefeito pelo PT. Mas então por que ele havia estendido, horas antes desta conversa, o tapete vermelho para Marta? Para dar um recado a Jilmar Tatto, de que não topa sua candidatura a prefeito. Se o partido vier a ter prévias, Jilmar é franco favorito porque controla boa parte dos votos dos filiados. Uma fonte confidenciou ao blogueiro que Tatto sentiu o golpe e que ao invés de passar recibo, estaria caminhando em outro sentido. Teria conversado longamente com o atual marido de Marta, Márcio Toledo. E na ocasião, a convidou a voltar ao PT, dizendo que retiraria sua candidatura para ela. Tatto acha Padilha no máximo do seu tamanho do ponto de vista eleitoral. E por isso não estaria disposto a retirar seu nome da disputa pelo do ex-ministro. Consultado pelo blogue após a visita a Lula sobre a candidatura, Padilha respondeu com um “é boato”. Não é mais. Vários dirigentes do partido já entenderam que ele é o nome de Lula para a disputa de 2020 e estão avaliando suas chances. O nome de Padilha não é unanimidade, mas também não é rechaçado. O que as pessoas esperam dele é que faça tudo muito diferente do que na campanha para o governo de Estado em 2014, quando focou seu discurso na classe média e esqueceu do eleitorado tradicional do PT. Padilha também tem uma grande marca para mostrar em SP, o Mais Médicos. E a questão da saúde é um dos grandes problemas apontados nas pesquisas sobre os problemas da cidade. Em relação a Marta, a operação seria muito difícil. Ela racharia o partido e criaria muitos embaraços, principalmente com ex-ministros de Dilma e com a própria ex-presidenta. PS: Lula acha que Haddad deve se preservar para as eleições de 2022 e que não é hora de sair candidato a prefeito em SP.