Acabo de assistir os primeiros 20 minutos do novo canal venezuelano que substituirá a Radio e TV Caracas, a RCTV, uma das emissoras que patrocinou o golpe midiá¡tico-militar em 11 de abril de 2002. Estou postando abaixo o link para o leitor.
Bem, já escrevi neste blog que discordo da forma como o processo de não-renovação do canal se deu. Não porque não concorde que o Estado não tenha a prerrogativa de não renovar concessões, mas, primeiro porque não acho que a RCTV foi mais golpista do que a Venevision, por exemplo, que pertence a Gustavo Cisneros.
E o governo renovou a concessão da Venevision. O motivo: Chávez e o empresário fizeram um pacto dias antes do referendo vencido pelo presidente. O intermediador foi Jimmy Carter. Cisneros respeitou o acordo. E Chávez preservou a TV dele.
Segundo, porque considero que esse processo da substituição da RCTV por outro grupo empresarial, sindical ou social deveria ser o mais amplo e transparente possível. E não foi. O governo conduziu o processo e será o controlador da rede. Estão aportando 100% dos recursos. Se o bem não se tornar estatutariamente público, quem paga, como sabe o leitor, manda.
De qualquer maneira, a Televisora Venezuelana Social, a Teves, esta aí. E por pior que venha a ser, dificilmente será mais deletéria para o país do que a RCTV o era. Isso precisa ser dito, a RCTV era uma emissora com toques racistas e preconceituosos que envergonhariam o diretor do dito humorístico Sem Limite do SBT, ao meu ver o pior programa da televisão brasileira da atualidade.
E se o processo de substituição da RCTV não foi dos melhores, ao menos um alento, nos primeiros 20 minutos de transmissão a apresentadora só citou uma vez o presidente Chávez. Quiça, isso seja a tônica da programação. Já que nas outras emissoras governistas o culto a Chávez é de irritar. Ele aparece e mais e é muito mais citado do que o bispo Macedo na TV Record. Vejam como são as coisas.
As imagens da nova TV venezuelana
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