Datafolha é melhor para Bolsonaro, Ciro e Haddad; mas não é ruim para ninguém

Em relação ao levantamento anterior do instituto, divulgado em 21 de agosto, Jair Bolsonaro oscilou de 22% para 24%; Ciro Gomes tinha 10% e passou para 13%; Marina Silva foi de 16% para 11%; Geraldo Alckmin tinha 9% e cresceu um ponto; Fernando Haddad pulou de 4% para 9%.

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A pesquisa Datafolha divulgada há pouco que aponta Bolsonaro com 24%; Ciro, 13%; Marina, 11%; Alckmin, 10%; Haddad, 9%; Alvaro Dias (Podemos), Henrique Meirelles (MDB) e João Amoêdo com 3% cada um, e Guilherme Boulos (PSOL), Vera (PSTU) e Cabo Daciolo (Patriotas), 1%, não é um desastre para nenhum dos candidatos com alguma chance de ir para o segundo turno. Nem para Alckmin. Mas ela é melhor para Bolsonaro, Ciro Gomes e Fernando Haddad. Explico. Se Bolsonaro não tivesse sido vítima do ataque a faca em Juiz de Fora, provavelmente ele não teria esse índice hoje. Porque se esperava uma queda no seu percentual de votos nos primeiros dias de campanha de rádio e TV. Alckmin continua com aproximadamente 15% a menos de intenção de votos do que ele. Ou seja, algo semelhante ao último Datafolha. Mas se isso é um problema para o tucano, não é algo intransponível. Alckmin terá grande dificuldade de superar o capitão, mas ainda tem estrutura e tempo para isso. Mas a pesquisa é também boa para Ciro Gomes e Fernando Haddad. Ciro mostrou que tem fôlego para ir além e Haddad, na primeira pesquisa sem Lula, já consegue empatar tecnicamente num segundo lugar, tendo mais do que dobrado sua intenção de votos. Ele tinha 4% e passou a 9%. Marina, com 11% ainda não é carta completamente fora do baralho, mas está em processo de derretimento. Perdeu 35% dos seus votos da última pesquisa para esta. O Datafolha de hoje é um marco na campanha, porque é a partir dele que serão realizadas as análises da evolução das candidaturas. Afinal, amanhã Lula passará o bastão oficialmente para Haddad e Manuela e o jogo começa de fato para o PT e o PCdoB. A partir de agora é que será possível analisar o que isso significa. Os números da Pesquisa: • Jair Bolsonaro (PSL): 24% • Ciro Gomes (PDT): 13% • Marina Silva (Rede): 11% • Geraldo Alckmin (PSDB): 10% • Fernando Haddad (PT): 9% • Alvaro Dias (Podemos): 3% • João Amoêdo (Novo): 3% • Henrique Meirelles (MDB): 3% • Guilherme Boulos (PSOL): 1% • Vera (PSTU): 1% • Cabo Daciolo (Patriota): 1% • João Goulart Filho (PPL): 0% • Eymael (DC): 0% • Branco/nulos: 15% • Não sabe/não respondeu: 7% Em relação ao levantamento anterior do instituto, divulgado em 21 de agosto, Jair Bolsonaro oscilou de 22% para 24%; Ciro Gomes tinha 10% e passou para 13%; Marina Silva foi de 16% para 11%; Geraldo Alckmin tinha 9% e cresceu um ponto; Fernando Haddad pulou de 4% para 9%. Votos brancos e nulos somavam 22% e agora, 15%. Rejeição O Datafolha também mediu a taxa de rejeição (o eleitor responde em qual dos candidatos não votaria de jeito nenhum). Nesse item, os entrevistados puderam escolher mais de um nome. Veja os índices: • Bolsonaro: 43% • Marina: 29% • Alckmin: 24% • Haddad: 22% • Ciro: 20% • Cabo Daciolo: 19% • Vera: 19% • Eymael: 18% • Boulos: 17% • Meirelles: 17% • João Goulart Filho: 15% • Amoêdo: 15% • Alvaro Dias: 14% Rejeição e segundo turno Em relação à pesquisa anterior, a variação da taxa de rejeição de Bolsonaro foi de 39% para 43%. Ou seja, o episódio da facada não diminuiu esse índice que lhe traz enormes dificuldades num eventual segundo turno. Aliás, Bolsonaro já foi ultrapassado inclusive por Haddad na rodada final, o petista tem 51% das intenções de votos contra 49% do capitão. Na pesquisa anterior, Bolsonaro vencia por 57% a 43%. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos e foram entrevistados: 2.804 eleitores em 197 municípios.