Dono de conta no Twitter que divulgou vídeo de Waack apoia MBL e foi do SBT

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O vídeo que mostra William Waack sendo racista já estaria circulando em um grupo de diretores e roteiristas de TV no Whatsapp e foi armazenado por dois ex-funcionários da Globo, mas só chegou ao grande público pela postagem de Jorge Tadeu Colaborou Ivan Longo Editada às 12h26: A matéria original registrava  que o roteirista Jorge Tadeu trabalhava no SBT, essa informação constava nos seus perfis do Facebook e do Linkedin. A assessoria de imprensa da emissora, porém, afirma que Jorge Tadeu saiu da empresa em julho. Após o contato, a matéria foi editada.   Se o assunto desta quarta-feira (8) foi o racismo de William Waack, há alguns responsáveis por terem pautado as redes sociais e os veículos de comunicação. E tudo indica que, ao menos para o grande público, essa pessoa seja o jornalista, escritor e roteirista Jorge Tadeu. Fórum apurou que ele foi o primeiro a compartilhar (ou vazar), às 14h28 de ontem, pelo Twitter, o vídeo em que William Waack faz a infeliz declaração. Mas, para que o vídeo pudesse ser divulgado nas redes, alguém teria que ter o captado e armazenado antes. De acordo com a rádio Jovem Pan, quem o fez foram Diego Rocha Pereira, ex-operador de TV da Globo, e o designer gráfico Robson Cordeiro Ramos. Um operador de TV como Diego tem acesso às imagens de um link ao vivo, incluindo as partes que não vão para o ar. Ele teria, então, guardado o trecho em que Waack é racista por ter ficado "revoltado". Robson teria sido o responsável pela divulgação do vídeo em grupos de Whatsapp mas, em um primeiro momento, não houve, segundo ele, interesse da imprensa na divulgação. [caption id="attachment_20032" align="alignleft" width="329"] Diego e Robson, a dupla que teria espalhado o vídeo em grupos de Whatsapp antes de Jorge Tadeu soltar nas redes sociais.[/caption] Jorge Tadeu, então, teria tido acesso ao vídeo e, muito provavelmente, foi o primeiro a compartilhá-lo nas redes sociais, o que gerou sua imediata viralização. O roteirista, inclusive, compartilhou a reportagem da Jovem Pan identificando os responsáveis pela divulgação do vídeo de Waack logo após sua publicação. A reportagem da Fórum entrou em contato com o roteirista por inúmeros canais, mas não obteve retorno até a publicação desta nota. Tadeu trabalhou por anos como roteirista de comerciais e programas de TV. Ganhou fama no meio televisivo ao dirigir no programa Domingo Legal, do SBT, o quadro "Lendas Urbanas", ainda na época de Gugu Liberato, e seguiu trabalhando no programa até agosto desse ano, quando foi demitido. Ele também já trabalhou na Folha de S. Paulo, no portal IG e é autor dos livros "Lendas Urbanas 1" e "Lendas Urbanas 2". Além disso, edita um site sobre desastres aéreos. Apesar de ter denunciado o racismo do jornalista da emissora rival, Jorge Tadeu não compactua de visão política muito diferente à de Waack. Assim como o Global, o roteirista é antipetista e antilulista. Publicações irônicas e de cunho crítico ao PT são uma das pautas que dominam suas redes sociais. No Twitter, Tadeu mostra já há algum tempo sua antipatia pela Globo. Postagens com um "isso você não vai ver na Globo" são comuns e, ainda mais comuns, são suas críticas aos recentes protestos contra o governo Temer puxado por artistas globais. A pauta de Tadeu é muito parecida com a de grupos como o Movimento Brasil Livre (MBL). Um exemplo são suas constante postagens críticas ao que chama de "doutrinação" e de "ideologia de gênero". Assim como o MBL, Tadeu acredita que os "comunistas" usam da pedofilia para desconstruir a família. E endossou os recentes ataques aos museus e à liberdade artística, além de ter apoiado a campanha puxada pelo MBL que tentava associar o cantor Caetano Veloso à pedofilia. Tadeu ainda mantém forte interação nas redes com o músico Roger Moreira, do Ultraje a Rigor e que compõe o programa de Danilo Gentili no SBT. Outra parte das postagens de Tadeu é dedicada à defesa do porte de armas a cidadãos comuns, à defesa da redução da maioridade penal e a projetos também endossados pelo MBL como o "Escola Sem Partido". Confira, entre tweets e retweets, como pensa o roteirista.