Enquanto Aécio e Temer mandam no Brasil, a mídia está muito preocupada com a Venezuela

Aécio hoje é tão poderoso nos corredores do Planalto, que o seu colega de Senado e de partido, Tasso Jereissati, decidiu devolver o cargo de presidente do PSDB

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Não há nada mais bizarro do que ver o senador Aécio Neves desfilando livre, leve e solto por Brasília, enquanto pessoas com indícios muito menos graves de crimes do que ele estão há um bom tempo atrás das grades. E não se fala aqui de pobres como Rafael Braga, encarcerado por porte de Pinho Sol. Ou de tantos outros que apodrecem na prisão por conta de uns baseadinhos ou furtos quase inocentes. Tá se falando mesmo de personagens da política nacional. De grandes empresários. De ex-presidentes de estatais, ex-ministros etc. Ou seja, de pessoas que em tese são do mesmo grupo social do senador tucano. Mas que não tiverem, como toda a ironia do termo, a mesma sorte que ele. Aécio é um privilegiado. Foi pego com a boca na botija negociando 2 milhões de reais com o dono da JBS. Mas usou cuspe pra colar uma desculpa e acabou dando certo. Disse que aquilo se referia a venda de um apartamento da senhora sua mãe. Bingo. Teve até ministro do Supremo elogiando a sua carreira pública. E de lá para cá passou a compartilhar o governo com o ilegítimo Michel Temer, o presidente 3%. Aécio hoje é tão poderoso nos corredores do Planalto, que o seu colega de Senado e de partido, Tasso Jereissati, decidiu devolver o cargo de presidente do PSDB que havia herdado dele quando do flagrante da JBS. Tasso percebe que diferente de Temer ele não estava sendo um vice decorativo, mas um presidente decorativo. E que quem mandava de fato era Aécio. Que está negociando tudo o que pode em nome do PSDB. E ainda há quem fale de justiça neste processo da Lava Jato. E ainda há quem diga que não foi golpe. E ainda há quem faça de conta que o problema foi ter criado apenas uma geração de consumidores. E ainda há quem esteja muito preocupado com a democracia na Venezuela e nada com a brasileira. Sinceramente...