Lula encontra com Sarney e Renan e ministério volta à pauta

o movimento de Lula no governo passaria por um acordo a sério com o PMDB. E, neste caso, além de Sarney e Renan isso teria de incluir Temer.

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O ex-presidente Lula terá amanhã um café da manhã com o ex-presidente José Sarney e o atual presidente do Senado Renan Calheiros, ambos do PMDB. Na pauta, a convenção do partido, que acontece no sábado, e a governabilidade do país. Mas não é só. Há uma grande quantidade de parlamentares do PT defendendo que Lula se torne ministro, inclusive para que deixe de ser  presa fácil do juiz Sérgio Moro. O ex-presidente Lula sempre refugou essa ideia. Em primeiro lugar, porque não queria ser ministro. Em segundo, porque sabe que se aceitar o cargo, Sérgio Moro pode, por vingança, ir pra cima dos seus familiares. Lula não aceitaria ver um filho ou sua esposa Marisa presos enquanto ele espera a decisão do STF. Nem mesmo aceitaria ver companheiros do Instituto encarcerados enquanto dorme tranquilo. Mas ao mesmo tempo, tanto os ministros Jacques Wagner como Ricardo Berzoini já defendem há algum tempo que o ex-presidente assuma um ministério. E na noite de hoje, ao que parece, ambos podem estar buscando convencê-lo disso. Mas não só eles. A presidenta Dilma teria sido convencida de que essa é a saída para dar novo gás ao seu governo. A conversa com Renan e Sarney também tem a ver com isso. Lula quer o PMDB junto ao governo em qualquer hipótese. E se eles lhe disserem que a única hipótese seria sua entrada no governo, Lula pode aceitar. Para que ministério Lula iria? Há muito boato, mas na verdade só existem dois lugares de fato que podem abrigá-lo. Um é a Casa Civil e neste caso Jacques Wagner iria para a Justiça. E outro o ministério das Relações Exteriores. De qualquer maneira, o movimento de Lula no governo passaria por um acordo a sério com o PMDB. E, neste caso, isso teria de incluir Temer. Para que o vice-presidente seja convencido, já se ventilou a hipótese de que lhe seja oferecido o ministério das Relações Exteriores. Com tudo isso, a governabilidade ainda estaria debilitada, mas poderia se ganhar tempo, algum respiro. Quando a água está literalmente batendo nos olhos, se ela chegar na boca, já é um avanço. E o governo começa a fazer tudo para que as coisas avancem ao menos neste sentido.