Escrito en
BLOGS
el
Até para quem acompanha passo a passo os acontecimentos tem sido imensa a dificuldade não só para entender o processo que estamos vivendo, como para tentar fazer prognósticos sobre ele.
Mesmo assim, já é possível arriscar algumas previsões.
Na linha do gato subiu no telhado, aquela velha maneira de contar um caso trágico, pode-se dizer que o arbítrio já desfila sobre as telhas das nossas cabeças.
Quem assistiu ontem a parceria para gerar cenas de guerra no Largo da Batata entre a Rede Globo, via GlobonNews, com a Polícia Militar, sabe do que estamos falando. Fiz um post que pode ser lido aqui embaixo sobre isso.
É a disputa de narrativas.
As notícias dos jornais de hoje deveriam ser: "Manifestação contra Temer reúne 100 mil em SP". A linha fina: "O protesto teve inicio na Paulista, desceu a Rebouças e terminou de forma pacífica no Largo da Batata".
E entre os destaques, se o jornalismo desses meios fosse decente, deveria constar o fato de o governo do Estado ter desligado as luzes públicas das ruas por onde a manifestação passou. E que mesmo assim, nada de grave aconteceu.
Mas que nada...
As Organizações Globo, o governo do Estado de São Paulo e as forças policiais que estão implicadas até o último fio de cabelo no golpe não poderiam deixar isso acontecer.
Eles precisavam de outra pauta. De outras manchetes.
E a confusão ao final do ato no Largo da Batata foi criada para isso. Para justificar o grito deles contra a baderna. E dar sangue aos seus colunistas sem moral para que peçam uma ação ainda mais dura da PM.
A prisão de 26 meninas e meninos que portavam celulares, vinagre e máscaras de gás também faz parte da mesma narrativa. Eles precisam achar criminosos. E se não acharem, inventam.
O fato objetivo é que ha duas narrativas em jogo neste momento:
- a) Um golpe, com escalada da violência e do arbítrio.
- b) Um governo tentando pacificar o país contra grupos violentos de esquerda.