Ombudsman da Folha não lê a Folha - ou mente

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Prefiro acreditar que a ombudsman da Folha, Suzana Singer, não lê a Folha a imaginar que ela agiu de má fé ao omitir na coluna deste domingo que quem está dando o “file mignon” do WikiLeaks no Brasil é o site Opera Mundi, a partir da jornalista Natália Viana e não o seu jornal, pelas mãos do repórter especial Fernando Rodrigues. Aliás, Rodrigues, de forma correta, em texto de 1 de dezembro, escreveu o que segue, dando crédito a quem merecia: “Ontem, a jornalista Natalia Viana, responsável pela divulgação do WikiLeaks em português, escreveu: "Nas próximas semanas, [os documentos] vão mostrar ao público brasileiro histórias pouco conhecidas de negociações do governo por debaixo do pano, informantes que costumam visitar a embaixada norte-americana, propostas de acordo contra vizinhos, o trabalho de lobby na venda dos caças para a Força Aérea Brasileira e de empresas de segurança e petróleo.” Já a ombudsman, para justificar que a velha mídia é mais importante que nova mídia publicou neste domingo o trecho abaixo. Se não vier a corrigir o seu erro, ficará claro que está tentando reescrever a história a partir dos interesses de quem lhe paga o salário. O que, convenhamos, é algo muito feio. A Folha foi muito bem na cobertura do vazamento dos documentos diplomáticos. O "filé mignon" das mensagens, com as notícias mais importantes, ficou com as publicações dos EUA e da Europa, num exemplo de miopia do fundador do WikiLeaks -espera-se de alguém que é da internet que pense além do eixo Nova York-Londres. Mas o jornalista Fernando Rodrigues obteve, com exclusividade, os telegramas referentes ao Brasil. Os textos estão traduzidos na Folha.com (http://bit.ly/hguIiA). E vem mais por aí. Assange disse ao canal "ABC News" que ainda há documentos que "vão incomodar lideranças mentirosas, corruptas e assassinas do Bahrein ao Brasil". Terão sido exemplos aleatórios?