Pesquisa revela situação nutricional grave entre crianças quilombolas

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O Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) divulgou hoje (15) a pesquisa “Chamada Nutricional Quilombola”. O estudo foi realizado com 2,9 mil crianças menores de cinco anos, que vivem em 60 comunidades quilombolas de 22 estados. O pesquisador da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) José Augusto Taddei, que participou do levantamento, destaca que entre as crianças sobreviventes, de 0 a 5 anos, de populações quilombolas no território nacional, uma em cada dez é um anão nutricional, ou seja, tem um déficit de estatura extremamente grave.



"Isso representa que essa criança não teve condições mínimas de vida para desenvolver seu potencial genético de estatura”, afirma Taddei. Segundo ele, o estudo mostra que as formas crônicas de desnutrição, identificadas pelo registro de déficits de crescimento (baixa altura para a idade), foram verificadas em 11,6% das crianças pesquisadas. De acordo com o relatório do MDS, do ponto de vista da nutrição de menores de 5 anos, fica estabelecido que as crianças quilombolas forma um grupo com altos riscos de desnutrição, "igualando-se às crianças do Nordeste urbano de uma década atrás".



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