Pesquisas: A tendência é cenário eleitoral se estabilizar por um tempo

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Depois dessa lufada de novidades em várias pesquisas das cidades onde os meios de comunicação têm força, a tendência é que nas próximas as alterações sejam menos impactantes. O eleitor costuma assistir e prestar atenção no horário eleitoral principalmente nos primeiros e últimos dias. É nesses momentos que se dão as maiores alterações nas intenções de voto. E isso se repetiu neste ano. Tanto que em São Paulo, Serra despencou e Haddad e Russomano cresceram. Sendo que o primeiro cresceu muito mais do ponto de vista proporcional. Na próxima pesquisa, esse crescimento não deve manter o mesmo ritmo. E o mesmo deve acontecer em outras cidades, levando à sensação de que tudo parou. O que também não é verdade. Nesta etapa as pesquisas qualitativas são muito mais importantes que as quantitativas. É nelas que os marqueteiros vão buscando entender as fragilidades dos adversários e preparam suas ações. E nelas também que se percebe qual é o voto mais frágil. Em São Paulo, mesmo estando na dianteira o voto de Russomano parece ser mais frágil do que o de Haddad. Os tucanos sabem que se ele não vier a cair, Serra fica fora do segundo turno. Há outras cidades onde o cenário eleitoral mudou muito com a entrada em cena da TV. Recife talvez seja a principal delas. A movimentação foi forte depois do início do horário eleitoral. Até porque o candidato Geraldo Júlio, apoiado por Eduardo Campos e Jarbas Vasconcelos, tem muito mais tempo que o seu principal adversário, o petista Humberto Costa. Mas como seu tempo é imenso, há o risco de isso gerar uma intoxicação no eleitorado. O que foi seu ponto forte agora, se não for bem administrado daqui pra diante, pode se tornar seu ponto fraco. Na eleição de 2008, o atual prefeito de BH, Márcio Lacerda (PSB), disparou quando as pessoas ficaram sabendo que ele tinha o apoio de Aécio Neves e Fernando Pimentel. Ou seja, PT e PSDB. Mas na reta final do primeiro turno quem cresceu foi Leonardo Quintão (PMDB), com um discurso de que o compromisso dele era com o eleitor. Lacerda venceu, mas passou um sufoco danado no segundo turno. Essas primeiras lufadas têm que ser dimensionadas na sua exata dimensão. Elas são uma árvore. O dia do voto é a floresta.