República Judiciária Midiática do Brasil

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  Não soltei rojões pela prisão do Eduardo Cunha. Não paguei cerveja para os amigos por saber que o Garotinho vai pra Bangu. Não vou dar festa com champanhe e direito a usar guardanapo na cabeça porque o Sérgio Cabral vai dormir em Curitiba nesta noite. Não gostei da agressão ao Caco Barcelos. Não gosto da Globo. Achei bizarra a reunião do Dallagnol com o Onyx Lorenzoni (DEM-RS) e a subserviência do deputado ao procurador. Achei preocupante a forma como os tais jornalistas se comportaram na entrevista do Roda Viva com o Temer. Achei esquisita demais a invasão do plenário do Congresso por manifestantes gritando vivas ao Sérgio Moro e pedindo intervenção militar. Achei revoltante a violência policial contra os manifestantes na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Achei estranho que depois da invasão do plenário do Congresso deputados de direita foram falar que o país está precisando de ordem e misturam o que havia ocorrido na Casa com as ocupações de escolas e a confusão na frente da Assembléia do Rio. Fiquei abismado com a violência verbal de Gilmar Mendes contra Levandovsky no STF. E estou mais assustado por isso tudo ter acontecido em menos de 48 horas. Não dá pra achar que está tudo normal e que as coisas vão se resolver por destino. Está tudo muito estranho, tudo muito esquisito. Mas parece haver uma lógica nesta desordem toda. E o que me parece ser a lógica? O título. Sim, não o de algum time de futebol. Mas o título desta matéria. Porque quem conhece história sabe que nada acontece por acaso.