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A sessão de hoje está conseguindo ser mais patética e esculachada do que a do golpe na presidenta Dilma Rousseff. Naquela tarde de domingo do dia 17 de abril de 2016, havia um processo relativamente organizado em curso. O governo foi para a votação sabendo que seria derrotado e não utilizou instrumentos de força para resistir. E a oposição foi para o abraço. Fez uma das festas mais ridículas da história, enquanto a família brasileira deixava de ver o Domingão do Faustão ou o Programa do Silvio Santos, para se divertir com aquele circo.
Hoje, o clima é outro. Temer, o primeiro presidente denunciado no cargo por corrupção, colocou a faca nos dentes e decidiu resistir. E organizou sua bancada de canalhas, canalhas, canalhas para transformar o plenário num ringue.
Deputados como o da tatuagem da ladroagem, Wladimir Costa (Solidariedade - PA), o mesmo partido do famoso Paulinho da Força, levaram bonecos de Lula com roupa de presidiário para provocar. E partiram para os xingamentos pessoais e empurrões.
Rodrigo Maia, o sucessor de Temer se ele vier a cair, ao invés de interromper a sessão, preferiu ficar pagando de segurança de puteiro. Da sua mesa ficava dando lição de moral nos parlamentares, como se tivesse moral para fazê-lo.
Ninguém se torna presidente da Câmara numa legislatura tão desqualificada como essa se não for tão canalha, canalha, canalha, quanto os seus pares.
Rodrigo Maia é a cara esculachada da sessão de hoje. Não é melhor e nem pior do que a de Eduardo Cunha, hoje preso. É apenas diferente.