Sérgio Amadeu: CEF e os R$ 112 milhões para a Microsoft

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Meu amigo Sérgio Amadeu publicou um post no Facebook que merece ser lido e debatido antes que se efetive um contrato danoso aos cofres públicos brasileiros. Leia abaixo.

Notícias de um atentado contra os princípios da Economicidade, Eficiência e Interoperabilidade

Por Sérgio Amadeu 

A Caixa, nesta sexta, pretende realizar um pregão para contratar a micro$oft pagando 112 milhões em licenças de software proprietário.

Trata-se de um retrocesso e uma migração inversa do software livre para a plataforma proprietária, promovida pela nova direção da Caixa.

O seu diretor de TI reduziu drasticamente o suporte para os sistemas livres que rodam na Caixa. Seu objetivo é desgastá-los para substitui-los. O interessante é que antes desse diretor assumir, a Caixa estava caminhando para implementar diversas soluções em software livre, sendo um "case" de sucesso. O Programa de redução de gastos da Caixa premiou os seguintes projetos de software que estão sendo atacados pela atual administração: -Multicanal, mais de 35 milhões economizados, foi divulgado no FISL2010. -Utilização do Linux em ambiente mainframe e outros projetos - R$32 milhões -Sisag - nova automação bancária da Caixa - R$38 milhões -Portal de atendimento e portal do bolsa família - R$ 22 milhões Só em licenças microsoft, nesta sexta, o diretor de TI conseguirá torrar 112 milhões. Lamentavelmente, eu me pergunto o que move este administrador? Pergunto, quem escreveu o edital? Se não havia soluções livres, compatíveis e até melhores para implementar? Quais os reais objetivos da destruição do programa de software livre na Caixa? Se conseguirem gastarão anualmente mais de 400 milhões em licenças... sem a menor necessidade. Este dinheiro poderia ser aplicado em desenvolvimento e suporte de novas soluções em código aberto, interoperáveis e completamente controladas pela Caixa.