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Ontem à noite o projeto de lei do Direito de Resposta, de autoria do senador Roberto Requião (PMDB), que garante que ofendidos injustamente por matérias jornalísticas tenham direito de responder com mesmo destaque, periodicidade e dimensão estava para ser votado na Câmara. Havia sido feito um acordo de lideranças para que ele fosse aprovado.
Mas começou a discussão e, de repente, deputados do DEM, do PSDB e do PPS passaram a alardear o perigo de se dar o direito de resposta “especialmente” em um momento de denúncias que a imprensa faz ao governo de Dilma Rousseff.
O deputado Roberto Freire, do PPS, lembrou que o PT quer regular a mídia e que poderia usar esta lei como um início deste processo. “Nós estamos discutindo isso em um momento em que o Brasil está vivendo um momento crucial da CPI da Petrobras, e a imprensa tem tido um papel fundamental”, disse. “Com esta lei nós vamos calar a imprensa na investigação dos escândalos de corrupção.”
A relatora Luciana Santos (PCdoB) saiu em defesa do projeto de lei, mas ele acabou saindo da pauta de votação. É um vexame que um argumento tão estapafúrdio de defesa da liberdade da imprensa permitindo crimes contra a honra e dignidade cidadã prevaleçam no Congresso brasileiro. O vale tudo da oposição chegou a níveis alarmantes. Mais alarmantes do que o risco de falta de água em São Paulo.